Ribeirão Preto registrou mais seis mortes por covid-19, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, e pode superar a barreira de 2.600 óbitos este mês. Porém, a incidência de casos fatais vem desacelerando nos últimos dias, reflexo do avanço da vacinação e também do lockdown imposto entre 27 de maio e 6 de junho.
Nesta quarta-feira, 7 de julho, o número de falecimentos em decorrência da doença chegou a 2.587, alta de 0,2% em relação às 2.581 computadas até terça-feira (6). Maio terminou com 368 mortes, quase doze por dia, segundo os dados oficiais. Já é o segundo mês com mais óbitos da pandemia, atrás de março (400, treze por dia, o período com mais óbitos) O recorde do ano passado pertence a julho (244).
São 343 mortes em junho, quase doze por dia, mas apenas 110 aparecem no balanço oficial. Já é o terceiro mês com mais óbitos da pandemia, à frente de abril (330) deste ano – o boletim aponta 284 ocorrências oficiais. Ainda não há, oficialmente, registros em julho, mas 20 casos já foram anunciados, mais de três por dia. Janeiro soma 172. São 209 casos em fevereiro. O recorde de falecimentos anunciados em um único boletim pertence a 14 de junho, de 36.
Superou o de 8 de junho, de 33 óbitos. Antes era de 6 de abril, de 32 vítimas fatais. O total de mortes por covid-19 em pouco mais de seis meses de 2021, de 1.543, já é 47,8% superior ao registrado em nove meses do ano passado (de março a dezembro), de 1.044 óbitos. São 499 a mais. O recorde de falecimentos em 24 horas é de 3 de junho, de 26 óbitos, contra 23 de 1º de abril. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13.
De 26 de março de 2020, data do primeiro óbito, a 15 de janeiro deste ano, data da milésima morte, foram 297 dias. Para chegar a dois mil foram 122 dias. As ocorrências fatais do último boletim foram registradas em um período de 96 horas, entre sábado, 3 de julho, e terça-feira (6). As vítimas são quatro homens, de 50, 56, 57 e 59 anos, e duas mulheres, de 38 e 47 anos, todas abaixo dos 60.
Quatro pacientes estavam internados em hospitais públicos e dois morreram em instituições particulares. Três homens não tinham comorbidades ou outros problemas de saúde. As outras três pessoas eram portadoras de doenças graves como asma e obesidade, doença cardiovascular crônica, obesidade, hipotireoidismo e diabetes mellitus.
A tendência é de queda na comparação semanal. Entre 23 e 29 de junho ocorreram 39 falecimentos na cidade, cerca de um a cada quatro horas e 18 minutos. Nos sete dias subsequentes, entre 30 de junho e 6 de julho, foram confirmados mais 22 óbitos, um a cada sete horas e 38 minutos, recuo de 43,6% e 17 casos a menos.
Se comparação considerar o período de 14 dias, a tendência também é de queda. Entre 9 e 22 de junho foram 171 mortes, um falecimento a cada uma hora e 58 minutos. Entre 23 de junho e 6 de julho a cidade registrou 61 óbitos, cerca de um a cada cinco horas e 30 minutos, 110 a menos e recuo de 64,3% em relação ao período anterior. São 232 no total de 28 dias.
Os meses com menos falecimentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia caiu de 2,8% para 2,7% – chegou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa era de 2% em janeiro, 4,2% em fevereiro e 4,1% em março, 3,6% em abril e chegou a 3,3% em maio e fechou junho em 1,1%.
A média neste ano subiu agora de 2,5% para 2,7% em março, em abril passou de 2,8% para 2,9%, subiu para 3% em maio e agora caiu para 2,9%, ainda acima dos índices regional (2,6%), mundial (2,2%) e nacional (2,8%) e abaixo do estadual (3,4%). A taxa de incidência de óbitos em 14 dias por 100 mil habitantes estava em 16,58 em 30 de abril, em 5 de maio, estava em 14,89, no dia 6 era de 14,05 e em 7 de maio recuou para 12,92. Em 1º de março apontava 5,62.
Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.436 homens (55,5%) e 1.151 mulheres (44,5%). A mais jovem em toda a pandemia é o bebê de um mês que morreu em 22 de junho. A segunda é um menino de seis meses que faleceu em 12 de junho. A menina de três anos que morreu em 1º de junho deste ano é a segunda. A mais idosa é uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 de fevereiro de 2021.
O município de Ribeirão Preto superou a marca de 94,6 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 94.632. O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.