Tribuna Ribeirão
Educação

Maioria dos pais quer o filho em sala de aula

FL PITON/ARQUIVO

A pesquisa da Secretaria Municipal da Educação com pais e responsáveis dos 47.271 alunos da rede de ensino de Ri­beirão Preto já tem resultado parccial. Até agora, a maioria de­seja o retorno das aulas presen­ciais ainda este ano. Na semana passada, a pasta reformulou o le­vantamento disponibilizado em seu portal por causa do avanço da vacinação contra a covid-19 nos profissionais do setor.

Das 7.823 pessoas que ha­viam participado até esta ter­ça-feira, 6 de julho, 5.730 são a favor do retorno (73,2%) e somente 2.093 são contra (26,8%). Quando separados por faixa educacional, os resul­tados são semelhantes. No caso da educação infantil, dos 4.008 pais que já responderam a per­gunta, 3.016 são favoráveis ao retorno (75,2%) e somente 992 são contrários (24,8%). No en­sino fundamental e na Educa­ção de Jovens e Adultos (EJA), dos 3.815 participantes, 2.714 são favoráveis (71,1%) e 1.101, contrários (28,9%).

A Procuradoria-Geral do Município, ligada à Secretaria Municipal de Justiça, peticionou na sexta-feira (2), na Justiça do Trabalho, o nome dos três médi­cos infectologistas responsáveis por elaborar os laudos sanitários e de segurança das 110 escolas da rede municipal e das 22 uni­dades conveniadas de Ribeirão Preto em relação à propagação do coronavírus.

Eles também vão vistoriar as condições do transporte escolar que atende parte dos 47.271 alu­nos matriculados. Foram indi­cados pela prefeitura os médicos Fernando Bellissimo Rodrigues, Renata Teodoro Nascimento e Valdes Roberto Bollella. A no­meação dos infectologistas e a elaboração dos laudos é uma das exigências feitas pelo juiz João Baptista Cilli Filho, da 4ª Vara da Justiça do Trabalho, para liberar a volta das aulas presenciais

O magistrado também aten­deu ao pedido feito pelo Sindica­to dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pra­dópolis (SSM-RPGP) e barrou o retorno das aulas presenciais nas escolas municipais enquanto todos os profissionais da edu­cação municipal não estiverem completamente imunizados com a primeira e também com a segunda dose da vacina con­tra a covid-19.

São cerca de cinco mil pro­fessores, diretores, coordena­dores, monitores, supervisores, cozinheiros, auxiliares, moto­ristas e outros funcionários que atuam no ambiente escolar. A Secretaria Municipal da Educa­ção também pretende inaugurar mais cinco escolas de educação infantil e do ensino fundamental até o final do ano. A audiência que selou o acordo judicial foi realizada em 11 de junho.

A Secretaria Municipal da Saúde, em conjunto com a Se­cretaria da Educação e a Dire­toria Regional de Ensino (DRE) de Ribeirão Preto, já imunizou cerca de novel mil (8.696) dos profissionais da área educacio­nal contra a covid-19. A estima­tiva é que a cidade tenha em tor­no de doze mil profissionais da educação pública e privada que fazem parte da educação básica no município.

O secretário municipal da Educação, Felipe Elias Miguel, pretende pedir autorização da Justiça do Trabalho para que as aulas presenciais em Ribeirão Preto sejam retomadas em 13 de agosto. Ele vai solicitar ao juiz João Baptista Cilli Filho que li­bere a volta das aulas presenciais após a aplicação da primeira dose nos cinco mil servidores da rede municipal de ensino que atuam no ambiente escolar.

O sindicato é contra e refor­çou sua posição com a postagem de um vídeo do presidente Val­dir Avelino, nesta sexta-feira (2). Se a Justiça do Trabalho manti­ver a decisão que libera as aulas presenciais apenas a aplicação da segunda dose em todos os profissionais da área, o retorno dos alunos às escolas só deve ocorrer entre setembro ou outu­bro. Isso se não ficar para 2022.

Além disso, a juíza Márcia Cristina Sampaio Mendes, da 5ª Vara da Justiça do Trabalho, deu prazo máximo de dez me­ses para que a prefeitura de Ri­beirão Preto consiga o Auto de Vistoria do Corpo de Bombei­ros (AVCB) para todas as 115 unidades escolares municipais – incluindo as cinco que ain­da serão inauguradas. Trinta e cinco ainda não têm o “alvará” da corporação, 30,4%, e 80 es­tão regularizadas (69,6%). Em 2018, segundo das dados da própria secretaria, 90% não ti­nham o AVCB.

Pesquisa sobre retorno das aulas presenciais
Dados compilados até terça-feira, 6 de julho
Favoráveis ao retorno em 2021 5.730 (ou 73,2%)
Contrários ao retorno em 2021 2.093 (ou 26,8%)
Total – 7.823 (100%)

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