Será aberto neste sábado, 26 de junho, o 1º Salão Paulista de Arte Naïf, no Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS-SP), onde permanecerá até 29 de agosto. Depois, entre 27 de novembro e 8 de janeiro de 2022, ficará em exposição no Museu Municipal. A mostra também acontece online, nas redes sociais e no site http://www.spartenaif.com.br/.
Obras de quatro artistas de Ribeirão Preto participam desta primeira edição. Estão na lista “A praça”, de Cristina Ravagnani; “Igreja do samba”, de Reinaldo Romero; “A devota”, de Shila Joaquim; e “Lavadeiras”, de Terezinha Sordi, a “Thiê”, que morreu de covid-19 e será homenageada no Salão Paulista de Arte Naïf deste ano.
A primeira edição do Salão Paulista de Arte Naïf – realizado pela Totem, Barthô Naïf e Cia Arte Cultura – homenageia José Antonio da Silva (1909-1996) e apresenta mais de 190 obras de artistas de 39 cidades do Estado de São Paulo, compreendendo os que foram selecionados por meio de edital público, que recebeu 141 inscrições, e convidados, entre eles Graciete Ferreira Borges, a última companheira de Silva.
Como homenagem póstuma, o salão vai expor também obras de artistas paulistas ícones da arte naïf como Agostinho, Aparecida Azêdo, Cássio M’Boy, Djanira da Motta e Silva, Iracema Arditi, Maria Auxiliadora, Ranchinho, Raquel Trindade e “Thiê”, de Ribeirão Preto. A proposta é fomentar a arte naïf paulista criando um espaço de valorização, difusão e circulação das obras e dos artistas pertencentes a esta estética.
Esta primeira edição estabelece um diálogo conceitual e material com as obras do acervo do MAS-SP, apresentando – além da “Via Sacra” de Silva – 28 esculturas populares do Vale do Paraíba dos séculos XVIII e XIX, esculpidas em nó de pinho, pelos africanos e descendentes; e dez esculturas “Paulistinhas”, de Benedicto Amaro de Oliveira (1848- 1923), o “Dito Pituba”, em barro cozido, do século XIX, que pavimentam o aparecimento de uma arte naïf paulista.
A curadoria é assinada por Marinilda Boulay, Odécio Visintin Rossafa Garcia e Paco de Assis. A Comissão Artística responsável pela escolha dos artistas inscritos em edital público, foi formada pela museóloga do MAS-SP Beatriz Augusta Corrêa da Cruz, pelo crítico de arte Oscar D’Ambrosio e pelo professor de História da Arte Romildo Sant’Anna. As obras desta edição apresentam técnicas como pintura, colagem, desenho, aquarela, gravura, escultura, entalhe, bordado, costura, e modelagem.