Tribuna Ribeirão
Política

Vereadores querem a lista de vacinados

THAISA COROADO/CÂMARA

A Câmara de Vereadores aprovou nesta quinta-feira, 24 de junho, novo projeto do “Vacinômetro”, de autoria de Lincoln Fernandes (PDT), que obriga a prefeitura de Ribeirão Preto a disponibilizar para os parlamentares a lista de pesso­as vacinadas contra o corona­vírus na cidade.

A proposta foi apresenta­da depois de o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) ter vetado outro projeto semelhante do pedetista, que obrigava a Se­cretaria Municipal da Saúde a publicar a lista de todos vaci­nados contra o coronavírus no portal oficial da prefeitura.

Em maio, ao justificar o veto, o Executivo argumen­tou que, juridicamente, o projeto era inconstitucional porque iria contra a lei fede­ral de proteção de dados das pessoas. Já a nova proposta prevê que a lista deverá ser entregue apenas aos 22 vere­adores de Ribeirão Preto.

Com a mudança, o parla­mentar espera que o projeto não seja vetado. Diz que a principal função dos verea­dores é fiscalizar os atos do prefeito. Lincoln Fernandes alega que sem a lista não será possível verificar se houve al­guma irregularidade como os “fura-filas”.

O projeto estabelece ainda que a lista deverá ser apresen­tada de forma parcial, com os imunizados até a presente data e, posteriormente, terá de ser atualizada semanal­mente até o final do processo de vacinação da população ribeirão-pretana.

Na lista deve constar o lo­cal da imunização (posto de saúde, escola, shopping center etc.), o nome do imunizado, o lote da vacina, o nome do en­ferneiro(a) que aplicou a dose, a data da vacinação e a qual grupo prioritário e de atendi­mento o munícipe pertence.

A lista deverá ser entregue impressa ou em arquivo de mí­dia (pen-drive, CD ou DVD) e nenhum dado confidencial poderá ser divulgado pelos ve­readores, dando publicidade apenas aqueles em que real­mente tiverem cometido irre­gularidades.

O projeto estipula multa mensal no valor de 900 Uni­dades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps) em caso de des­cumprimento da lei. Cada Ufesp vale R$ 29,09 este ano, o corres­pondente a R$ 26.181. O projeto segue agora para análise do Exe­cutivo. O prefeito pode sancio­ná-lo ou vetá-lo novamente.

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