Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – o indexador oficial de preços – em 2021. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 21 de junho, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 5,82% para 5,90%.
Foi a 11ª elevação consecutiva. Há um mês, a previsão estava em 5,24%. A projeção dos economistas para a inflação já está bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
A projeção para o índice em 2022 foi mantida em 3,78%, também acima da meta para o período. Quatro semanas atrás, estava em 3,67%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que segue em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa também permanece em 3,25%.
Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos. A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Relatório de Mercado Focus indica que a mediana das previsões para este ano passou de 6,25% ao ano para 6,50% ao ano. Há um mês, estava em 5,50%.
Na semana passada, diante da pressão causada pela elevação de preços na economia, o Copom aumentou, pela terceira vez consecutiva, a Selic, que foi de 3,50% para 4,25% ao ano. No caso de 2022, a projeção do Focus permanece em 6,50% ao ano, ante mesmo número de um mês antes. Para 2023, segue em 6,50%, igual a quatro semanas atrás. Para 2024, continua em 6,50%, também no mesmo patamar de um mês atrás.
A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 4,85% para 5%.
Há quatro semanas, a estimativa era de 3,52%. Para 2022, o mercado financeiro alterou a projeção do PIB de expansão de 2,20% para 2,10%. Quatro semanas atrás, estava em 2,30%. No Focus divulgado nesta segunda-feira, a expectativa para a produção industrial de 2021 passou de crescimento de 6,11% para 6,20%.
Há um mês, estava em elevação de 5,50%. No caso de 2022, a estimativa de avanço da produção industrial saiu de 2,50% para 2,43%, ante 2,30% de quatro semanas antes. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período passou de R$ 5,18 para R$ 5,10 – era de R$ 5,30 um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio segue em R$ 5,20, ante R$ 5,30 de quatro pesquisas atrás.