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Botafogo perde para o Ypiranga e Argel aponta: ‘Nós entramos desconcentrados, desfocados, desatentos’

LUIZ COSENZO/AGÊNCIA BOTAFOGO

O Botafogo conheceu sua segunda derrota na Série C. O Tricolor foi batido pelo Ypiranga com o placar de 3 a 0, em jogo realizado no últi­mo domingo (20), válido pela 4ª rodada da competição, no estádio Colosso da Lagoa, em Erechim. Reinaldo, Quirino e Sodré marcaram os gols.

Com o resultado, o Pan­tera ficou na 5ª colocação do Grupo B, com seis pontos ganhos. O próximo compro­misso é no domingo (27), às 11h, diante do Oeste, no está­dio Santa Cruz.
Jogando fora de casa e com mudanças no time ti­tular, o Botafogo veio para a partida com a intenção de buscar reabilitação. Não aconteceu. Para piorar, o time comandado por Argel Fuchs foi goleado e pouco criou no setor ofensivo.

A aposta do técnico numa formação com três volantes foi infeliz e o Botafogo perdeu todo o poder ofensivo que de­monstrou nas rodadas iniciais da Série C. O sistema defensi­vo, que sempre foi o ponto alto da gestão de Argel, precisa de atenção. Afinal, são seis gols sofridos em duas partidas.

Após a partida, o treinador criticou a atuação da equipe e classificou seu time como “des­concentrado” no confronto.

“Não tem muito o que ex­plicar, é inacreditável. Nós en­tramos desconcentrados, des­focados, desatentos e, em 30 minutos, o adversário resol­veu o jogo em dois escanteios, sendo que ontem trabalhamos bola parada defensiva. Essa é a grande verdade, e temos de ter a humildade de dizer que o adversário mereceu o resulta­do, entrou concentrado, usou da sua bola parada, e temos que achar o caminho nesse momento. Depois de duas vitórias, duas derrotas, temos que buscar solução. Vamos continuar dando oportunida­des a outros jogadores, mas o mais importante é voltar a vencer”, analisou.

O Jogo
O primeiro tempo foi um baile em Erechim. Jogando em casa, o Ypiranga foi para cima desde os primeiros mi­nutos. Modificado, utilizan­do uma formação com três volantes, o Pantera não se en­controu e começou a tomar pressão antes do primeiro minuto de jogo.

Aos 50 segundos, após bola cruzada na área, Quiri­no testou firme e exigiu óti­ma defesa de Igor Bohn, que espalmou de manchete.

O Tricolor respondeu aos 7 minutos. Rodrigo Ferreira bateu falta da entrada da área e a bola passou tirando tinta do gol defendido por Deivity.

A pressão dos donos da casa foi convertida em gol aos 10 minutos. Após cobrança de escanteio na área, a bola desviou na zaga e sobrou lim­pa para Reinaldo testar para o fundo da rede.

Atrás do placar, o Bota­fogo ficou encurralado e não conseguia levar perigo no setor ofensivo.

A formação escolhida por Argel burocra­tizou a forma como o Pantera se acostumou a jogar.

O Ypiranga ampliou o marcador aos 26 minutos. Jo­nathan bateu escanteio pelo esquerdo no primeiro pau e o camisa 9 Quirino apareceu livre e testou firme para o gol, sem chances para Igor Bohn.

Um minuto depois, So­dré aumentou ainda mais a vantagem dos donos da casa. O meio-campista avançou com espaço e sol­tou o pé de fora da área.

Sendo goleado no Co­losso da Lagoa, o Botafogo se lançou ao ataque e criou boa chance com Caetano. O jovem prata da casa bateu de perna esquerda de fora da área, mas Deivity fez grande defesa de mão trocada.

Tentando mudar o jogo, Argel mexeu no Botafogo. O treinador sacou Emerson Santos e colocou Luketa na partida. A mudança melho­rou o Tricolor, mas o placar não foi mais alterado na pri­meira etapa.

Na volta do intervalo, Ar­gel trocou os centroavantes. Neto Pessôa, que participou muito pouco do jogo, deu vaga para Hélio Paraíba.

A troca de um centroa­vante por outro não surtiu tanto efeito e o Botafogo não criou nenhuma chance clara de gols nos primeiros 15 mi­nutos. Aos 16, Argel sacou Bruno Michel e colocou Ariel na partida.

Em sua última cartada, o comandante botafoguense sacou Gustavo Xuxa e Caeta­no para dar vaga a Rafael Ta­vares e promover a estreia do atacante Walter com a camisa do Tricolor.

As modificações deixaram o Botafogo ainda mais buro­crático e as chances de perigo ficaram escassas. Sem criati­vidade para mudar a partida, o placar não teve alteração e o Botafogo conheceu sua se­gunda derrota na Série C.

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