O litro da gasolina vendido nas refinarias da Petrobras está 2% mais barato (desconto de R$ 0,05) a partir deste sábado, 12 de junho. Com isso, o valor do litro passa de R$ 2,58 para R$ 2,53. De acordo com a StoneX, com essa redução, o preço da estatal está abaixo do mercado internacional e não há oportunidade para outras empresas importarem o combustível.
A Petrobras utiliza a política de paridade internacional (PPI), na qual acompanha as variações do brent, negociado em Londres, o câmbio e os custos logísticos. Com isso, tende a se aproximar dos valores praticados pela concorrência, que traz os combustíveis de outros países para vender no Brasil.
“O câmbio disparou e a gasolina está bem estável no mercado internacional. Era para a Petrobras aumentar o preço”, afirma Thadeu Silva, especialista de petróleo da consultoria. Em nota, a Petrobras diz que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais.
“Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, afirma. Em seguida, informas que os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo.
“Isso possibilita a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível”, complementa. A gasolina ficou mais cara ao longo de 2021, uma vez que era negociada pela Petrobras a R$ 1,84 no final de dezembro de 2020. O litro do diesel fechou 2020 custando R$ 2,02.
Acumula alta de 36,76% desde o início do ano, enquanto o diesel subiu 34,14%. Nas bombas da maioria dos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o litro da gasolina custa entre R$ 5,40 (R$ 5,399) e R$ 5,90 (R$ 5,899) nos bandeirados.
O preço médio é de R$ 5,80 (R$ 5,797). Nos sem-bandeira, custa entre R$ 4,90 (R$ 4,899) e R$ 5,30 (R$ 5,299), e o valor médio é de R$ 5,26 (R$ 5,259), mas o consumidor deve pesquisar porque há revendedores franqueados e independentes que cobram mais e outros, menos.
O etanol custa entre R$ 4,30 (R$ 4,199) e R$ 4,50 (R$ 4,499), com média de R$ R$ 4,40 (R$ 4,397). Nos sem-bandeira o álcool é vendido entre R$ 3,90 (R$ 3,899) e R$ 4,20 (R$ 4,199), com média de R$ 4,15 (R$ 4,149). O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos.
Com base nos valores de R$ 4,40 para o derivado da cana e de R$ 5,80 para o do petróleo, a paridade está em 75,8% e já não é vantajoso abastecer com álcool. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre 6 e 12 de junho, os dois principais dos combustíveis ficaram mais caros esta semana em Ribeirão Preto – o do etanol bateu novo recorde e continua acima de R$ 4.
O valor médio cobrado pelo litro do etanol hidratado subiu para R$ 4,134 – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município –, alta de 1,7% em relação aos R$ 4,064 praticados até dia 5. O percentual está bem abaixo do aumento de 10,1% constatado há 25 dias.
O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 5,394, aumento de 0,6% em relação aos R$ 5,363 cobrados anteriormente. A competitividade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo voltou a ficar acima do limite. Nesta semana está em 76,6%. Até dia 5 era de 75,8%, ante 75,7% do dia 29 e 76,1% do dia 22.
A paridade oscila entre 66% e mais de 77% desde dezembro. Considerando os valores médios da agência, pode não ser mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina está no limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Nesta semana, o preço do etanol ficou estável nas usinas paulistas, com alta de 0,07% para o hidratado – já está acima de R$ 3 e custa R$ 3,0004 – e de 0,2% para o anidro – sai das unidades por R$ 3,4448 –, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).