Tribuna Ribeirão
Política

Duda Hidalgo – Legislativo arquiva pedido de cassação

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Câmara de Ribeirão Preto arquivou o pedido de cassação do mandato da ve­readora Duda Hidalgo (PT). Em seu parecer, o Conselho de Ética do Legislativo deci­diu que os requisitos de ad­missibilidade exigidos para dar sequência ao processo não foram preenchidos.

Diz o texto: “Conclui-se não ser a hipótese de instau­ração de Processo de Cassa­ção em Desfavor da Vereadora Maria Eduarda Hidalgo (Duda Hidalgo) pela edilidade ribei­rão-pretana, vez que ausente os requisitos mínimos para o processamento e julgamen­to de tal sindicância política”.

Diz ainda que, “diante des­sa realidade, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, no uso de suas atribui­ções normativas, ao descortino da decisão derradeira, suges­tiona à Mesa Diretora, o arqui­vamento do feito”.

O parecer foi encaminha­do a Mesa Diretora para for­malização do arquivamento. Duda Hidalgo registrou bo­letim de ocorrência (BO) em 20 de maio. Pede apuração criminal por falsidade ideo­lógica por acreditar que o pe­dido de cassação de seu man­dato, protocolado na Câmara em 22 de abril, pode ser falso.

A parlamentar afirma que, após investigações feitas por seu gabinete, foi constatada a fraude. O boletim foi lavrado, no 1º Distrito de Polícia de Ribeirão Preto. O pedido de cassação de Duda Hidalgo foi protocolado virtualmente por causa da suspensão do atendi­mento presencial por parte do Legislativo, devido à pandemia de coronavírus.

O documento é assinado pela munícipe Maria Euni­ce Machado da Silvana, dona do Cadastro de Pessoa Física (CPF) número 775.688.931- 20. Ela afirma residir em um apartamento na rua Niterói, no Jardim Castelo Branco, Zona Leste da cidade. Entretanto, a vereadora decidiu investigar quem é a munícipe.

O gabinete de Duda Hidal­go afirma ter descoberto que o número do CPF, segundo a Receita Federal, pertence a Ana Maria Machado e esta­ria cancelado. Já o endereço que a autora passou também não existiria. O Conselho de Ética é presidido por Maurí­cio Vila Abranches (PSDB). O vice-presidente é Brando Veiga (Republicanos) e conta ainda com os vereadores Re­nato Zucoloto (PP), Judeti Zilli (PT, Coletivo Popular) e Sérgio Zerbinato (PSB).

A parlamentar é acusada de utilizar espaços públicos – dois viadutos de Ribeirão Preto – para instalar faixas contra o presidente Jair Bolsonaro por causa de sua atuação no com­bate ao coronavírus. Maria Eu­nice Machado da Silvana diz que outra faixa seria em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por causa da de­cisão do Supremo Tribunal Fe­deral (STF) que o tornou ele­gível para as próximas eleições.

Segundo o pedido de cassa­ção, além de questionar o uso dos espaços públicos em des­cumprimento a Lei Cidade Lim­pa, a munícipe argumenta que um dos assessores da parlamen­tar teria participado do evento em horário em que deveria es­tar trabalhando no Legislativo.

Ação
A juíza Ana Paula Franchi­to Cypriano, da 6ª Vara Cível de Ribeirão Preto, extinguiu sem resolução do mérito a ação movida pelo advogado Alexandre Ferreira de Sousa (Patriota) contra Duda Hidal­go. A decisão é de 24 de maio. Segundo a magistrada, o obje­to que gerou a ação foi extinto.

Na ação, o advogado Ale­xandre Ferreira de Sousa afir­mava que, em 13 de abril e em outras datas, a vereadora e um de seus assessores afixaram, em dois viadutos de Ribeirão Preto, faixas com mais de dez metros de comprimento com frases de ataques ao presidente da Re­pública Jair Bolsonaro e outras de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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