Ribeirão Preto registrou mais 23 mortes por covid-19, aponta o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde. Neste ritmo, a cidade vai ultrapassar a marca de 2.200 falecimentos ainda esta semana. Nesta segunda-feira, 31 de maio, o número de vítimas fatais em decorrência da doença subiu para 2.188, alta de 1,1% em relação às 2.165 computadas até sexta-feira (28).
São 330 óbitos em abril, onze a cada 24 horas, mas o boletim aponta 251 ocorrências oficiais. Ribeirão Preto fechou março com 394 mortes por covid-19, segundo o boletim. São quase 13 falecimentos por dia, o mês com mais vítimas fatais da pandemia – ultrapassou julho do ano passado (244). Janeiro soma 172. Em maio já são 289, quase dez por dia, mas há apenas 118 registros oficiais. Já é o terceiro mês com mais mortes da pandemia, atrás de março e abril deste ano.
São 209 casos em fevereiro. O recorde de falecimentos anunciados em um único boletim pertence a 6 de abril, de 32 óbitos. Antes era de 29 de março, quando foram divulgadas mais 28 vítimas fatais, mesma quantidade de 23 de abril. Os 27 dos dias 18 e 25 de maio e de 13 de abril têm o terceiro maior volume.
O total de mortes por covid-19 em menos de cinco meses de 2021, de 1.144, já é 9,6% superior ao registrado em nove meses do ano passado (de março a dezembro), de 1.044 óbitos. São 100 a mais. O recorde de falecimentos em 24 horas é de 1º de abril, com 23 óbitos, contra 19 do dia 14. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13.
De 26 de março de 2020, data do primeiro óbito, a 15 de janeiro deste ano, data da milésima morte, foram 297 dias. Para chegar a dois mil foram 122 dias.
As ocorrências fatais do último boletim foram registradas entre 21 de maio e o último sábado (29). As vítimas são 16 homens e sete mulheres. A mais jovem do boletim é uma menina de 12 anos, portadora de doença neurológica crônica, e a mais velha tinha 86 anos.
Quinze pacientes estavam internados em hospitais públicos e oito morreram em instituições particulares. A secretaria investiga se dois homens, de 72 e 82 anos, sofriam de problemas de saúde. As outras 21 pessoas tinham comorbidades e eram portadoras de doenças graves. Oito estavam na faixa etária abaixo de 60 anos.
A tendência voltou a ser de queda na comparação semanal. Entre 17 e 23 de maio ocorreram 76 falecimentos na cidade, cerca de um a cada duas horas e 13 minutos. Nos sete dias subsequentes, entre 24 e 30 de maio, foram confirmados mais 67 óbitos, um a cada duas horas e 30 minutos, recuo de 11,8% e nove casos a menos.
Se comparação considerar o período de 14 dias, a tendência ainda é de alta. Entre 3 e 16 de maio foram 137 mortes, uma a cada duas horas e 27 minutos. Entre 17 e 30 de maio a cidade registrou 143 óbitos, cerca de um a cada duas horas e 21 minutos, seis a mais e aumento de 4,4% em relação ao período anterior. São 280 no total de 28 dias.
Os meses com menos falecimentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia segue em 2,7% – chegou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa era de 2% em janeiro, 4,2% em fevereiro e 4,2% em março, 3,5% em abril e está em 1,5% em maio.
A média neste ano subiu de 2,5% para 2,7% em março, em abril passou de 2,8% para 2,9%, e agora em maio está em 3%, acima dos índices regional (2,6%), mundial (2,1%) e nacional (2,8%) e abaixo do estadual (3,4%). A taxa de incidência de óbitos em 14 dias por 100 mil habitantes estava em 16,58 em 30 de abril, em 5 de maio, estava em 14,89, no dia 6 era de 14,05 e em 7 de maio recuou para 12,92. Em 1º de março apontava 5,62.
Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.208 homens (55,2%) e 980 mulheres (44,8%). A mais jovem em toda a pandemia é uma menina de seis anos que morreu em 14 de fevereiro (a menina de 7 anos que morreu em 18 de janeiro é a segunda) e a mais idosa, uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 do mesmo mês deste ano.
O município de Ribeirão Preto superou a marca de 80 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 80.051. O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.