A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira, 28 de maio, que a bandeira tarifária será vermelha no patamar 2 em junho, com custo adicional de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Os brasileiros já estavam pagando taxa extra este ano.
Em maio vigorou a bandeira vermelha patamar 1, no valor de R$ 4,169 a cada 100 kWh. Entre janeiro e março foi acionada a amarela, com custo extra de R$ 1,343 a cada 100 kWh. Em dezembro o consumidor também pagou $ 6,243 a cada 100 kWh (vermelha patamar 2)
Segundo a agência, maio foi o primeiro mês da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN), registrando condições hidrológicas desfavoráveis. Junho inicia-se com os principais reservatórios do SIN em níveis mais baixos para essa época do ano, o que aponta para um horizonte com reduzida geração hidrelétrica e aumento da produção termelétricas.
“Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD)”, diz. Em abril, a conta de luz ficou, em média, 8,95% mais cara para 309.817 consumidores de Ribeirão Preto.
Outros 4,2 milhões de clientes da CPFL Paulista espalhados por outras 233 cidades do estado de São Paulo também estão pagando mais pelo consumo de energia desde do dia 22. Para os consumidores residenciais e pequenos comércios, que também entram na faixa de baixa tensão, o aumento é de 8,64%. Para os clientes da alta tensão – indústrias, shopping centers e outros estabelecimentos de grande porte – o reajuste ficou em 9,60%.
No ano passado, o reajuste médio foi de 6,05% e passou a valer em 1º de julho por causa da pandemia de coronavírus. Para os consumidores residenciais e pequenos comércios, que também entram na faixa de baixa tensão, o aumento foi de 5,17%. Para os clientes da alta tensão o reajuste ficou em 6,72%.
Em 2019, a conta de luz em Ribeirão Preto subiu, em média, 8,66%. A Aneel autorizou, dentro do processo de revisão tarifária anual da CPFL Paulista, reajuste nas faturas da concessionária. Para os consumidores residenciais, a alta foi de 7,87%. Pequenos comércios tiveram reajuste de 8,34%. Para os clientes da alta tensão o aumento foi de 9,30%.
A Aneel abriu consulta pública com a intenção de reajustar os valores do sistema de bandeiras tarifárias. Pela proposta, as taxas cobradas quando a agência acionar bandeira vermelha, nos patamares 1 e 2, irão aumentar. No patamar 1, a taxa adicional pode subir de R$ 4,169, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 4,599 – aumento de 10%.
Já no patamar 2, o mais caro do sistema, o reajuste pode chegar a 21%, passando de R$ 6,243 a cada 100 kWh para R$ 7,571. No caso da bandeira amarela, a previsão é de uma redução de 26% no valor. A cobrança passaria de R$ 1,343 a cada 100 kWh para R$ 0,996. Na bandeira verde não há cobrança extra.