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As restrições necessárias

Voltamos, mais uma vez, a ter necessidade de reduzir as ativi­dades sociais e econômicas em nossa cidade. Nesta quinta-feira, dia 27, iniciamos um novo período de restrições necessárias à preservação de vidas. Estamos assistindo a um aumento de casos de covid-19, crescimento de internações e de doentes que pre­cisam ser intubados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os números, para quem acompanha diariamente a evolução dos casos, como fazemos, assusta muito. É preocupante a necessi­dade de novos recursos médicos e de atendimento hospitalar. Precisamos reduzir o quanto antes a transmissão da doença, sob pena de a estrutura disponibilizada não ser suficiente.

E desde o início da pandemia, lá em março do ano pas­sado, eu digo que nossa prioridade é a preservação da saúde e da vida das pessoas. Continuo com a mesma prioridade. Temos que cuidar da saúde, reduzir o número de doentes e atuar para que os serviços médicos tenham boas condições de trabalho, com a pressão reduzida. Hoje o número de doentes pressiona todo o sistema e não é mais possível esperar me­lhoras sem tomar nenhuma medida. Não haverá diminuição milagrosa do número de infectados.

Por isso decidimos aumentar as restrições que superam as do Plano São Paulo. Vamos viver uma fase emergencial com redu­ção da circulação de pessoas de hoje até a próxima segunda-feira, dia 31, inclusive. Isso acontece para que não venhamos a colocar em risco pessoas que, porventura, necessitem do atendimento especializado, do tratamento intensivo, da intubação. Até agora este risco não aconteceu e não vai acontecer, porque estamos tomando medidas restritivas antecipadamente.

Ribeirão Preto precisa se antecipar em função da situação peculiar que tem em relação às demais cidades da região. A cidade tem mais de 80% de todas as UTIs da Divisão Regio­nal de Saúde, que envolvem as 26 cidades, mas a população não se restringe aos 711 mil habitantes. A cidade é um polo de atração de toda a região, incluindo outras cidades que não são atendidas pela DRS. Logo, a gestão de Ribeirão Preto pre­cisa estar mais atenta, por atender também doentes de outras cidades que demandam recursos aqui alocados.

E, sem procurar culpados ou responsáveis, quero dizer que se todos usassem máscaras e adotassem os hábitos necessários, não seriam necessárias as restrições que agora iniciamos. As pessoas continuam sem usar máscaras, participam de aglomerações, vão a pancadões clandestinos nos finais de semana. Com isso, com­prometem seus pais, seus avós e demais familiares e amigos.

O que acontece agora, como já aconteceu outras vezes, é que a maioria da população de Ribeirão Preto está sendo penalizada por uma minoria irresponsável que não cumpre com o distanciamento social, que não usa máscara, que des­denha da doença e coloca em risco a própria vida e a dos outros, incluindo seus familiares.

Infelizmente temos, de um lado, pessoas que têm responsabili­dade, inclusive autoridades públicas e, de outro, há irresponsáveis, também incluindo autoridades, que fazem e promovem aglome­rações, sem se preocupar com o uso de máscaras. Pior, reduzem a sua importância. Essa é a realidade crua, sem hipocrisia.

E as pessoas precisam respeitar as determinações, porque en­quanto não vacinarmos todas as pessoas, vamos ter que manter o sacrifício de usar máscaras, fazer o distanciamento social, hi­gienizar constantemente as mãos e evitar aglomerações, medidas já largamente divulgadas por todos os meios de difusão existen­tes. Só assim evitaremos o vai e vem das ondas de contaminação que devem preocupar a todos, indistintamente.

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