Foi muito bom ler Ruy Castro, em sua coluna da última segunda-feira na Folha, sob o título “A novilíngua do Brasil” e com todo o seu talento, comentar os termos que agora são usados por narradores, comentaristas, treinadores e até alguns jogadores de futebol.
Por favor, nem de perto qualquer pretensão, mas um assunto, que sem a mesma categoria, claro, também já foi abordado por aqui. Sopinha de novas palavras, com a pretensão de substituir expressões tradicionais ou aquelas usadas ao longo de tempos, desde os campinhos de terra aos mais importantes estádios do mundo.
Um “diferentês” que, desculpem os envolvidos, beira o ridículo – valendo-se de coisas como “propositivo”, “reativo”, “leitura adequada”, “performar”, “sinapse no último terço”, “resiliente” e outras tantas.
Entre o pessoal da bola, os da chuteira, que já foi chanca, e mesmo os verdadeiros torcedores, quase ninguém sabe o que a maioria significa. E fazem muito bem em nem querem saber.
Vamos baixar um pouquinho bola.
Como bem disse o craque Ruy Castro, o futebol, na verdade, está apenas refletindo “uma novilíngua geral no Brasil, em que as palavras perfeitamente válidas estão sendo canceladas e substituídas por outras aprendidas de ouvido na internet”.