Medidas valerão de quinta-feira (27) até segunda-feira (31)
O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB) anunciou em coletiva virtual nesta segunda-feira (24) as mudanças nas regras de combate ao coronavírus na cidade. As medidas mais restritivas valerão a partir da próxima quinta-feira, dia 27 de maio (quinta-feira) e irão até o dia 31 de maio, quando o Governo paulista fará a atualização do Plano São Paulo.
A partir de quinta-feira o comércio, os supermercados, shoppings, restaurantes, bares e serviços não poderão funcionar. Neste período também não poderão funcionar as lojas de material de construção e o transporte coletivo urbano também ficará suspenso.
No caso dos restaurantes e supermercados será permitido apenas os serviços delivery e somente até às 23 horas. No caso dos supermercados o drive thru poderá ser feito desde que em local próprio especialmente feito para isso.
Os cultos e missas também estarão proibidos de quinta-feira até o domingo e as igrejas só poderão ficar abertas para orações individuais. Os parques e praças esportivas também ficarão fechados. Já as agências bancárias e a construção civil poderão funcionar, de acordo com seus alvarás de funcionamento.
De acordo com o prefeito as medidas restritivas foram necessárias para tentar garantir o atendimento aos pacientes com coronavírus e evitar o aumento de novos casos que poderão colapsar o sistema de saúde. Nesta segunda-feira nos Polos Covid da cidade – UPA da Avenida Treze de Maio, UBDS Central, UPA Sumarezinho e Upa Norte – estão internados 113 pacientes com coronavírus, dos quais 24 intubados. Com os números da rede privada de saúde, o total de pacientes internados chegaram a 299 nesta segunda-feira.
Ribeirão Preto tem registrados 77.755 casos de coronavírus e 2086 óbitos na data de hoje (24). Desses 2086, exatamente a metade (1043) aconteceram em 2021.
Veja a íntegra do Decreto 118:
Decreto_118_Medidas_de_Prevenção_27_05_21
Dados da Ocupação dos Leitos Covid (Ribeirão Preto):
https://leitoscovid.org/sp/ribeirao-preto
Entidades se manifestam em notas públicas
“A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP) lamenta profundamente o ‘novo lockdown’ anunciado pelo poder público municipal nesta segunda-feira (24/05).
Mais uma vez os números agravantes da pandemia mostram a incapacidade do poder público em fiscalizar e conter aglomerações e irregularidades.
A desarticulação entre municípios, estados e União cobra seu preço com a ausência de políticas de apoio econômico, a falta de vacinas, o visível aumento do trânsito de pessoas entre as cidades e a baixa adesão da população aos protocolos sanitários. Lamentavelmente, mais uma vez, setores de comércio e serviços vão sofrer as consequências da nova e altamente restritiva medida.
Seguimos reivindicando ações urgentes do poder público para que estes setores, que mais geram empregos e renda para o município, possam funcionar com segurança, garantindo sua sobrevivência no mercado, além de estratégias de atuação a médio e longo prazos.
A ACIRP tem pleiteado insistentemente junto à administração municipal um plano de retomada que apoie os segmentos mais prejudicados e a implementação de medidas de suporte financeiro que incluam suspensão da cobrança de impostos, isenção de taxas e a elaboração de um programa de refinanciamento de dívidas (Refis).
Desde o início da crise sanitária, a ACIRP vem cumprindo com seu papel responsável e educativo de conscientização do setor produtivo e da sociedade em geral.
A entidade está atenta e preocupada com o avanço da pandemia e suas consequências e reforça a todos a necessidade de que os protocolos sanitários e de higiene sejam seguidos de forma salvar vidas.”
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“Sobre a Fase Emergencial Restritiva anunciada pela Prefeitura de Ribeirão Preto nesta segunda-feira (24/5) com medidas que valerão de 27/5 (quinta) à 31/5 (segunda, inclusive), o SINCOVARP – Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região, e a CDL Ribeirão Preto – Câmara de Dirigentes Lojistas, se posicionam conjuntamente conforme a seguir:
1 – SINCOVARP e CDL reconhecem a gravidade da situação, mas não concordam com mais este fechamento do Comércio Varejista setor que já vem sendo extremamente sacrificado ao longo da pandemia de Covid-19.
2 – Entendemos que não adianta somente fechar empresas e paralisar a economia. É preciso adotar medidas efetivas que obriguem, por exemplo, a população a usar máscaras de proteção e a seguir os protocolos sanitários. Quem não colabora precisa começar a ser punido da forma mais rigorosa que a legislação permitir.
3 – Por outro lado, as duas entidades orientam os lojistas a respeitarem o decreto no 118/2021, uma vez que tal medida já está publicada no Diário Oficial do Município. Alertamos que uma eventual violação do decreto pode gerar severas punições jurídicas e administrativas ao comerciante.”