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Mortes de pessoas de 40 a 49 anos crescem mais de 200% em RP

ALFREDO RISK/ ARQUIVO

O aumento percentual de mais de 200% no número de óbitos por Covid-19 de pesso­as mais jovens, na faixa etária entre 40 e 49 anos contabili­zados pelos Cartórios de Re­gistro Civil de Ribeirão Preto no mês de abril, o pior desde o início da pandemia no municí­pio, são claros em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor cami­nho para a crise de saúde pú­blica causada pela Covid-19.

Ainda aguardando o cro­nograma de vacinação para suas idades, a população mais jovem viu crescer os números percentuais de óbitos no últi­mo mês, aquele com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus no município, e também em re­lação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (http://trans­parencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abas­tecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casa­mentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Na­turais (Arpen-Brasil), cruza­dos com os dados históricos do estudo Estatísticas do Re­gistro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos pró­prios cartórios brasileiros.

Em Ribeirão Preto, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em re­lação à média desde o início da pandemia foi a da população entre 40 e 49 anos, crescimento de 209% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021. Os nú­meros absolutos de falecimen­tos desta faixa etária também aumentaram em abril, passan­do de 25 em março para 38 no último mês.

Na sequencia, a faixa etá­ria que vai dos 50 aos 59 anos viu o aumento do número de óbitos crescer 40% em rela­ção à média para esta faixa etária desde o início da pan­demia. O crescimento tam­bém se deu nos números ab­solutos em relação a março, passando de 47 para 55. Ou­tra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 60 e 69 anos, que houve um aumento de 56%, passan­do de 69 para 91 óbitos.

Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à mé­dia desde o início da pande­mia, reduzindo 17% na faixa entre 70 e 79 anos, 50% entre 80 e 89 anos, e 61% na popu­lação entre 90 e 99 anos.

Estado de São Paulo
Em relação ao estado de São Paulo, os números estão à frente da média do Brasil em todas as faixas etárias. Entre a população de 20 a 29 anos, o crescimento percentual pau­lista foi de 53%, enquanto no País foi de 38%. Na faixa que vai dos 30 aos 39, São Paulo viu os óbitos crescerem 73%, enquanto o Brasil registrou aumento de 56%. O cenário se repetiu nas faixas de 40 a 49 anos, 66% x 57%, 50 a 59 anos, 56% x 54%, e 60 a 69 anos, 24% a 22%.

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