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Mostra carioca, que acontece até 30 de maio, traz os tons que são tendência na decoração

Verdes, terrosos, rosas, azuis. Vibrantes ou opacos. Dourados. Pretos e brancos. São muitos os tons dessa CASACOR Rio, mas todos foram determinados pela paleta de cores da casa principal – um palacete citadino que ocupa cerca de 2.500 m² no enorme terreno de 12 mil m² cercado pelo verde da Mata Atlântica. Com tantas fontes para se inspirar, o elenco – formado por 57 profissionais entre arquitetos, designers de interiores e paisagistas, soltou a imaginação. Foram mais de 1.700 litros de tinta usados nos 38 ambientes e cerca de 60 cores diferentes.

Naturais. Os tons terrosos, verdes e beges estão entre os mais usados. Assim como as texturas de pedras naturais, argila, tijolo, madeira. No Jardim do Café, de Ricardo Portilho, as cores naturais dos bambuzais parecem pular para o banco criado pelo Estúdio Design Noel Marinho, com azulejos desenhados pelo mestre do modernismo. Na Casa UP para Metalmarco, pensada para se integrar ao jardim do entorno, os tons naturais estão por toda a parte: do verde do aconchegante sofá ao terracota da roupa de cama.

Rosas. A cor da fachada da casa principal aparece em diferentes tonalidades pelos ambientes. O original – Terra de Fogo, das Tintas Coral – pode ser visto de pertinho em diversos espaços como a Varanda do Casal, decorada pela paisagista Anna Luiza Rothier; o Chá Bar, de Roberta Nicolau; ou o Casa Bistrô, de Maurício Nóbrega. Mas há também o rosé gold usado no ambiente Essência dos Aromas, de Kilze Ney Guimarães e um rosa pastel que aparece na Suíte Íntima do Hóspede, criação de Tatiana Lopes e Tatiana Pessoa Mendes.

Azuis. As pinhas de cerâmica que estão por toda a parte nos jardins e varandas da casa inspiraram as arquitetas Lucilla Pessoa de Queiroz e Renata Caiafa Quintanilha, que apostaram no azul em seu Café. O tom aparece em todo o divertido mobiliário desenhado pela dupla exclusivamente para o ambiente e, também, nas cerâmicas usadas por Denise Stewart em uma instalação no interior do espaço. E há azul também no Lavabo, do Estúdio Manu+Ca, que usou o mesmo tom dos azulejos originais para pintar meia parede do espaço, trazendo contemporaneidade ao ambiente.

Brancos. Sim, habemus branco. A cor foi opção da dupla Ângela Leite Barbosa e Daniel Marques Mendes para os portais de sua Suíte do Hóspede e deu um destaque ainda mais especial à já belíssima azulejaria original do banheiro. Paola Ribeiro também apostou no tom em seu Quarto de Casal. Ele está em parte do mobiliário, nos tecidos da roupa de cama e das cortinas e especialmente nos elementos originais da arquitetura da casa como portais, portas e estantes. Mas, em nenhum ambiente, ele tem tanta importância como na Pequena Sala de Estudos, de Lia, Felipe e Betina Siqueira. Ali, o tom funciona tanto como rebatedor da luz natural que entra pelas janelas do espaço, quanto para trazer frescor, sossego e simplicidade ao ambiente, de pé-direito altíssimo e imponente.

Vermelhos. A cor, que aparece nos vitrais da casa, também poderá ser vista pelos ambientes. Um exemplo é a porta em ferro, cheia de detalhes inspirados na arquitetura do palacete, criada pela arquiteta Vivian Reimers para sua Livraria. O espaço, construído em meio ao jardim, se abre para o verde criando uma ambientação que promete encantar os amantes da leitura. Mas também há pontos de vermelho nos bancos criados por Ivan Rezende no seu Pátio da Escultura; em uma das obras de arte selecionadas por Mario Costa Santos, para a sua Sala de Arte “Contemplação”; e no neon usado por Caco Borges e Carolina Haubrich, no Home Office & Games.

Cinzas e neutros. Um capítulo à parte nessa casa são as portas. São 48 na casa principal, que se abrem para os jardins e para fazer a ligação entre os amplos salões internos. Quase sempre em tons de cinza e rosa, elas inspiraram o elenco de diferentes formas. No Hall de Entrada, Rodrigo Jorge resolveu criar uma ambientação bem clássica em homenagem à história da casa, o que fica claro na escolha das cores do espaço: grafite, quase preto, nas paredes; e dourado, no teto. Já Luiz Fernando Grabowsky optou por tons mais neutros em sua Sala do Piano. Nas paredes, o branco. No teto, listras cinzas e brancas. E, no salão, uma mistura de móveis de design nacional dos séculos XIX, XX e XXI.

Verdes. Mas nenhum tom aparece tanto como o verde. Os 12 mil metros quadrados de jardins com espécies da Mata Atlântica foram, sem dúvida, uma grande inspiração para os profissionais que levaram a cor para dentro dos ambientes. Seja com plantas, seja no mobiliário e nas paredes, o verde está por todos os lados. Destaque para o Jardim de Inverno, de Jean de Just, que traz literalmente o jardim para dentro da casa; e para a Sala de Banho Deca, de Beto Figueiredo e Luiz Eduardo Almeida, que usaram um tom bem escuro para ressaltar ainda mais a banheira de mármore original do espaço, que, dizem, teria pertencido à Imperatriz Teresa Cristina.
A CASACOR Rio fica aberta até 30 de maio e conta com a participação de 57 profissionais, entre arquitetos, designers de interiores e paisagistas. São 38 espaços montados na Residência Brando Barbosa. Pela primeira vez, a mostra é híbrida, com uma versão presencial e uma versão digital, com vídeos e tours 3D disponíveis no site.

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