Ribeirão Preto registrou mais cinco mortes por covid-19, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, e, neste ritmo, a cidade deve ultrapassar a marca de dois mil falecimentos já na próxima semana. Nesta sexta-feira, 14 de maio, o número de vítimas fatais em decorrência da doença subiu para 1.991, alta de 0,3% em relação às 1.986 computadas até quinta-feira (13).
São 330 óbitos em abril, onze a cada 24 horas, mas o boletim aponta 173 ocorrências oficiais. Ribeirão Preto fechou março com 386 mortes por covid-19, segundo o boletim. São doze falecimentos por dia, o mês com mais vítimas fatais da pandemia – ultrapassou julho do ano passado (244). Janeiro soma 172. Em maio já são 92, sete por dia, mas há apenas sete registros oficiais.
São 209 casos em fevereiro. O recorde de falecimentos anunciados em um único boletim pertence a 6 de abril, de 32 óbitos. Antes era de 29 de março, quando foram divulgadas mais 28 vítimas fatais, mesma quantidade da última sexta-feira (23). O de 13 de abril, de 27, é o terceiro maior volume. No total, são 1.043 mortes do ano passado e 948 de 2021.
O recorde de falecimentos em 24 horas é de 1º de abril, com 23 óbitos, contra 19 do dia 14. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13. As ocorrências fatais foram registradas em um período de 48 horas, na quarta (12) e na quinta-feira, 13 de maio. As vítimas são quatro homens e uma mulher com idade entre 59 e 93 anos.
Quatro pacientes estavam internados em hospitais públicos e um morreu em instituição particular. Todas essas pessoas sofriam de problemas de saúde, alguma comorbidade e eram portadoras de doenças graves. Não há nenhuma na faixa etária abaixo de 60 anos.
A tendência é de alta na comparação semanal. Entre 30 de abril e 6 de maio, ocorreram 48 falecimentos na cidade, um a cada três horas e 30 minutos. Nos sete dias subsequentes, entre 7 e 13 de maio, foram confirmados mais 53 óbitos, um a cada três horas e dez minutos, aumento de 10,4% e cinco casos a mais.
Se comparação considerar o período de 14 dias, a tendência ainda é de queda. Entre 16 e 29 de abril foram 127 mortes, uma a cada duas horas e 48 minutos. Entre 30 de abril e 13 de maio a cidade registrou 101 óbitos, cerca de um a cada três horas e 20 minutos, 26 a menos e recuo de 20,5% em relação ao período anterior. São 228 no total de 28 dias.
Os meses com menos falecimentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia subiu para 2,7% – chegou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa era de 2% em janeiro, 4,2% em fevereiro e 4,1% em março, 2,5% em abril e já em 0,3% em maio.
A média neste ano subiu de 2,5% para 2,7% em março e em abril passou de 2,8% para 2,9%, e segue neste patamar, acima dos índices regional (2,6%), mundial (2,1%) e nacional (2,8%) e abaixo do estadual (3,4%). A taxa de incidência de óbitos em 14 dias por 100 mil habitantes estava em 16,58 em 30 de abril, na quarta-feira, 5 de maio, estava em 14,89, no dia 6 era de 14,05 e em 7 de maio recuou para 12,92. Em 1º de março apontava 5,62.
Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.098 homens (55,1%) e 893 mulheres (44,9%). A mais jovem em toda a pandemia é uma menina de seis anos que morreu em 14 de fevereiro (a menina de 7 anos que morreu em 18 de janeiro é a segunda) e a mais idosa, uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 do mesmo mês deste ano.
O município de Ribeirão Preto superou a marca de 74,5 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 nesta semana – são 74.511. O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.