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Vereadores ‘inflacionam’ vacinação

© Rovena Rosa/Agência Brasil

Vários vereadores de Ribei­rão Preto decidiram incluir mais pessoas nos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19. Somente este ano, cinco projetos sobre o assunto foram aprova­dos pelos parlamentares, os três últimos na sessão de terça-feira, 11 de maio.

Dois projetos são de autoria de Matheus Moreno (MDB) e incluem os funcionários da Secretaria Municipal de Assis­tência Social e os conselheiros tutelares com prioritários. Já o projeto de Paulo Modas (PSL) tenta incluir no rol de grupos prioritários as pessoas portado­ras de deficiências permanentes.

Em 15 de abril, os vereado­res também aprovaram projeto de lei para incluir pessoas por­tadoras de Síndrome de Down, transtorno do espectro autista e demais deficiências intelec­tuais nos grupos prioritários. A proposta é de Maurício Gas­parini (PSDB).

Dados da Secretaria Mu­nicipal da Saúde revelam que a cidade registrou oito óbitos de portadores de Síndrome de Down vítimas do coronavírus. Quatro óbitos foram em 2020 e outros quatro neste ano. Já em 27 de abril, a Câmara aprovou projeto de lei que inclui os mo­toristas do transporte coletivo da cidade no grupo prioritário para vacinação.

O autor, Sérgio Zerbinato (PSB), justifica que eles fazem parte dos serviços considera­dos essenciais e se expõem dia­riamente ao risco de contágio. Apesar da inciativa dos parla­mentares, os projetos não deve­rão surtir nenhum efeito prático, já que a definição dos grupos prioritários é de competência do Ministério da Saúde.

A pasta é responsável por esta definição, que precisa ser obrigatoriamente seguida pelos Estados e municípios. No caso dos motoristas do transporte público, dos portadores de Sín­drome de Down e deficiências permanentes, essas pessoas fo­ram incluídas no rol de priorida­des do Plano Nacional de Imu­nizações (PNI) e já têm datas de imunização agendadas.

Ou seja, caso os projetos aprovados sejam sancionados pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) não deverão ter efi­cácia legal, já que as vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde por meio do governo do Estado são carimbadas para os grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Imu­nizações e pelo Plano Estadual de Imunização (PEI).

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