João Camargo
No último dia 12 de abril, o coronel Robson Douglas de Souza assumiu o 3º Comando de Policiamento do Interior (CPI-3), que tem sete batalhões territoriais, sediados nas zonas Sul e Norte de Ribeirão Preto, Araraquara, Franca, Barretos, São Carlos e Sertãozinho. O comandante ingressou na corporação em 19 de setembro de 1986 e, posteriormente, realizou o curso preparatório de formação de oficiais. Em 1992, foi declarado aspirante a oficial e promovido ao posto de coronel PM em 28 de abril de 2018.
Em entrevista ao Tribuna, o coronel informou que entre os principais desafios da Polícia Militar, neste primeiro momento de seu comando, será a manutenção dos índices criminais em níveis aceitáveis. Isso porque, segundo ele, não somente na região de Ribeirão Preto, mas praticamente em todo o Estado, tem-se verificado significativa redução nos números de quase todos os delitos.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), a região de Ribeirão apresentou redução dos casos de roubos em geral no último mês de março, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Com uma diferença de 30 boletins, a quantidade passou de 446 para 416. O número é o menor da série histórica, iniciada em 2001.
Robson Douglas ressalta ainda que essa redução é fruto do trabalho integrado e em harmonia entre a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Técnico-Científica, cada qual no exercício de suas atribuições constitucionais e legais.
“A presença ostensiva da Polícia Militar nas ruas, com suas diversas modalidades de policiamento, atuando de maneira preventiva com vistas a inibir ações de criminosos e, nos casos de perturbação da ordem, atuando de maneira repressiva para o seu restabelecimento, bem como realizando ações no campo social, impacta, sobremaneira, na redução dos indicadores criminais”, comentou o coronel.
Além de manter a redução nesses índices, o coronel Robson Douglas pontua a importância de que, ao mesmo tempo, a Polícia Militar deve continuar a realizar diversas ações com vistas ao enfrentamento da disseminação do coronavírus, como as escoltas, a distribuição das vacinas, o policiamento nos postos de vacinação e os apoios aos órgãos estaduais e municipais responsáveis pela fiscalização do cumprimento das restrições impostas pelas autoridades governamentais.
Para já colocar em prática novas medidas, ele comenta que procurará manter as ações e atividades de policiamento ostensivo e de preservação da ordem pública como tem sido feito nos últimos anos. “Diante de eventual aumento de um ou outro índice criminal, serão realizadas, pontualmente, ações conforme análise a ser feita em momento oportuno”, finalizou.
Índices criminais
Assim como mencionado sobre a redução nos casos de roubo em geral no mês de março, a tendência se estendeu para os roubos de veículos, que reduziram 10,1%, passando de 89 para 80. Pela 6ª vez consecutiva na série histórica, o indicador de roubo a banco permaneceu zerado em um mês de março. Semelhante ocorreu com o de extorsão mediante sequestro, que não apresentou ocorrências no período pela 20ª na série.
Contudo, houve crescimento nos casos de furto, que pularam de 2.371 para 2.626 — um aumento de 10,8%. O mesmo ocorreu com os casos e vítimas de latrocínios, que subiram de 1 para 2, e com as ocorrências e vítimas de homicídios dolosos, que passaram de 12 para 22. Com isso, a taxa dos últimos 12 meses (de abril de 2020 a março de 2021) ficou em 5,76 casos e 5,98 vítimas de mortes intencionais para cada grupo de 100 mil habitantes. Todos esses dados foram coletados junto à SSP-SP.