Tribuna Ribeirão
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Projeto obriga ônibus a ter biombo de proteção

JF PIMENTA/ARQUIVO

A Câmara de Vereadores deve analisar nos próximos dias um projeto de lei que obriga as empresas de ônibus de Ribeirão Preto a instala­rem biombos nos veículos para proteção dos motoristas “de gotículas produzidas por espirro, tosse e até da fala do passageiros”. A ideia de Lin­coln Fernandes (PDT), autor da proposta, é reduzir a pos­sibilidade de os condutores serem contaminados com o coronavírus, já que durante o trabalho eles transportam centenas de pessoas.

A barreira, uma espécie de cabine de acrílico, seria uma maneira de oferecer proteção extra durante aos profissionais durante a pan­demia. O vereador expli­ca que, segundo a ciência, a transmissão da doença é feita por meio de gotículas produ­zidas por espirro, tosse e du­rante a fala. A proteção seria semelhante à utilizada nos caixas de supermercados.

Segundo levantamen­to feito pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sind­Motoristas), cerca de 131 motoristas e colaboradores morreram em decorrência do vírus, somente na cidade de São Paulo. Em Ribeirão Preto, nove motoristas já teriam falecido vitimas da doença, de acordo com o parlamentar.

O Consórcio PróUrba­no, grupo concessionário do transporte coletivo urbano – formado pelas viações Rá­pido D`Oeste (40%), Trans­corp (30%) e Turb (30%) –, empregava cerca de 800 mo­toristas antes da pandemia. Segundo dados da Empre­sa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) disponibilizados no portal da companhia, em janeiro deste ano foram rea­lizadas 2.144.470 viagens de ônibus na cidade, uma média de 71.482 por dia.

Em função da pandemia do coronavírus, o transpor­te público tem operado com 80% da frota. Caso o projeto de Fernandes seja aprovado pelos vereadores e sanciona­do pelo prefeito Duarte No­gueira (PSDB), os biombos deverão ser instalados em no máximo 30 dias contado a partir da sanção da lei. Em caso de desobediência, a em­presa estará sujeita a multa de 170 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps) por veiculo flagrado sem o equipamento.

Cada Ufesp vale R$ 29,09 neste ano, o que resultaria em multa de R$ 4.945,30. O pro­jeto ainda não tem data para ser votado. Em 16 de março, a Câmara de Vereadores ha­via aprovado outro projeto de Fernandes para tentar impe­dir a superlotação dos ônibus do transporte coletivo em Ri­beirão Preto. De acordo com a proposta, a lotação máxima durante a pandemia deve ser equivalente ao número de as­sentos disponíveis em cada veículo. Ou seja, nenhum passageiro pode viajar em pé.

O autor diz que, desta forma, o distanciamento en­tre as pessoas ficaria manti­do, evitando a proliferação da doença. Em caso de des­cumprimento, a multa pro­posta será de 150 Ufesps, ou R$ 4.363,50. A proposta foi encaminhada para o prefei­to, que poderá sancioná-la ou vetá-la.

A Câmara também apro­vou projeto que inclui os mo­toristas de ônibus de Ribeirão Preto no grupo prioritário para vacinação contra a co­vid-19. O autor Sérgio Zerbi­nato (PSB) diz que a catego­ria presta serviço essencial e se expõe diariamente ao risco de contágio da doença. De­pende da sanção do prefeito para virar lei.

Em 20 de abril, o governo de São Paulo anunciou que a imunização dos trabalhado­res de transporte dos siste­mas metroviário e ferroviário terá início em 11 de maio. Uma semana depois, no dia 18, será a vez dos motoristas e cobradores de ônibus mu­nicipais e intermunicipais. A categoria reúne cerca de 165 mil pessoas no estado.

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