Em meio às dificuldades das famílias para fechar as contas durante a pandemia do novo coronavírus, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 8,1 pontos percentuais de fevereiro para março, informou nesta quinta-feira, 29 de abril, o Banco Central. A taxa passou de 326,8% para 334,9% ao ano.
Os números são influenciados pelos efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19, que voltou a colocar em isolamento social parte da população e reduziu a atividade das empresas. O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.
A taxa da modalidade rotativo regular passou de 295,1% para 306,2% ao ano de fevereiro para março. Neste caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura. Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular passou de 352,2% para 356,8% ao ano.
O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 167,1% para 167,6% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 63,1% para 65,1%. A taxa média de juros no crédito livre passou de 28,1% ao ano em fevereiro para 28,6% ao ano em março.
No mesmo mês de 2020, essa taxa estava em 33,3% ao ano. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 40,1% para 41,0% ao ano de fevereiro para março, enquanto para as pessoas jurídicas seguiu em 13,8%. Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 124,9% ao ano para 121,0% ao ano de fevereiro para março. No crédito pessoal, a taxa passou de 33,2% para 33,7% ao ano.