Ribeirão Preto registrou mais 15 mortes por covid-19 e excluiu o óbito de uma mulher de 65 anos que morava em outra cidade, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde. Mesmo assim, o município ultrapassou a marca de 1.850 falecimentos. Nesta terça-feira, 27 de abril, o número de vítimas fatais em decorrência da doença subiu para 1.851, alta de 0,8% em relação às 1.837 computadas até segunda-feira (26).
Já são 286 óbitos em 26 dias de abril, onze a cada 24 horas, mas o boletim aponta 69 ocorrências oficiais. Ribeirão Preto fechou março com 364 mortes por covid-19, segundo o boletim. São quase doze falecimentos por dia, o mês com mais vítimas fatais da pandemia – ultrapassou julho do ano passado (244). Janeiro soma 170 – a morte da senhora de 65 anos excluída do boletim aconteceu no primeiro mês do ano.
São 205 casos em fevereiro. O recorde de falecimentos anunciados em um único boletim pertence a 6 de abril, de 32 óbitos. Antes era de 29 de março, quando foram divulgadas mais 28 vítimas fatais, mesma quantidade da última sexta-feira (23). O de 13 de abril, de 27, é o terceiro maior volume. No total, são 1.043 mortes do ano passado e 808 de 2021.
O recorde de falecimentos em 24 horas é de 1º de abril, com 23 óbitos, contra 19 do dia 14 deste mês. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13. Uma das ocorrências fatais foi registrada no dia 13 deste mês e as demais 14 mortes ocorreram entre o dia 21 e a última segunda-feira, 26 de abril.
As vítimas são dez homens e cinco mulheres com idades entre 39 e 94 anos. Onze pacientes estavam internados em hospitais públicos e quatro morreram em instituições particulares. Dois homens, de 39 e 61 anos, não sofriam de problemas de saúde e não tinham comorbidades. As demais 13 pessoas eram portadoras de doenças graves. Apenas uma estava na faixa etária abaixo de 60 anos.
Apesar da explosão de óbitos nos últimos dias, a tendência é de queda na comparação semanal. Entre 13 e 19 de abril, ocorreram 72 falecimentos na cidade, cerca de um a cada duas horas e 20 minutos. Nos sete dias subsequentes, entre 20 e 26 de abril, foram confirmados mais 61 óbitos, média de uma morte a cada duas horas e 45 minutos, recuo de 15,3%. São onze casos a menos.
Se a comparação considerar o período de 14 dias, a tendência também é de queda. Entre 30 de março e 12 de abril foram 174 mortes, uma a cada uma hora e 55 minutos. Entre 13 e 26 de abril a cidade registrou 133 óbitos, cerca de um a cada duas horas e 31 minutos, 41 a menos e recuo de 23,6% em relação ao período anterior. São 307 no total de 28 dias.
Os meses com menos falecimentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia está em 2,6% – chegou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa, que era de 2% em janeiro, 4,1% e 4% em março, está em 1,3% em abril.
A média neste ano subiu de 2,5% para 2,7% em março e em abril passou de 2,8% para 2,9%, acima dos índices regional (2,6%), nacional (2,7%) e mundial (2,1%) e abaixo do estadual (3,3%). A taxa de incidência de óbitos em 14 dias saltou de 19,95 por 100 mil habitantes em 19 de abril para 20,93 no dia 20. Na quinta-feira, 22 de abril, estava em 18,40. Na última sexta-feira (23) era de 20,65. Em 1º de março apontava 5,62.
Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.021 homens (55,2%) e 830 mulheres (44,8%). A mais jovem em toda a pandemia é uma menina de seis anos que morreu em 14 de fevereiro (a menina de 7 anos que morreu em 18 de janeiro é a segunda) e a mais idosa, uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 do mesmo mês deste ano.
O município de Ribeirão Preto superou a marca de 70 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 nesta semana – são 70.018. O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.