Tribuna Ribeirão
Geral

Casos de estupro disparam em RP

© Elza Fiuza/Arquivo Agência Brasil

Segundo os dados do levan­tamento “Estatísticas da Crimi­nalidade”, divulgados pela Secre­taria de Estado da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), a incidência de crimes contra o patrimônio recuou no primeiro trimestre deste ano, mas houve mais homicídios e estupros em comparação com o mesmo período de 2020. Po­rém, mesmo nos casos de furtos e roubos (gerais e de veículos) houve certa estabilidade em março, com leve queda

Ribeirão Preto registrou 14 homicídios no primeiro bimes­tre deste ano (cinco em janei­ro, três em fevereiro e seis em março), contra nove do mesmo período de 2020 (quatro em ja­neiro, um em fevereiro e quatro em março), cinco a mais e alta de 55,5%. Significa uma morte a cada sete dias e meio em 2021. A cidade fechou o ano passado com 49 homicídios, um a cada sete dias e meio, alta de 16,6% em relação aos 42 do mesmo período de 2019. A taxa de casos por 100 mil habitantes subiu de 5,84 para 6,62.

Não houve latrocínio – rou­bo seguido de morte – em 2021, mas no ano passado foram re­gistrados dois casos no trimes­tre, um em fevereiro e outro em março. Em todo o ano de 2020 foram quatro ocorrências. So­mando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou o ano passado com 53 assassinatos, cerca de um a cada sete dias e meio, nove a mais do que os 44 de 2019, alta de 20,4%.

A ocorrência de estupros no primeiro trimestre deste ano é 300% superior. São 32 casos (13 em janeiro, 13 em fevereiro e seis em março) contra oito do mes­mo período de 2020 (cinco em janeiro, um em fevereiro e dois em março), ou seja, 24 a mais. A média é de um a cada três dias. Dezoito crianças ou adolescen­tes foram vítimas deste tipo de crime, 56,2% do total. Esse tipo de crime despencou 24,3% no ano passado, de 74 para 56 ca­sos, 18 a menos em doze meses. Em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).

Os furtos de veículos recua­ram 8,5% no primeiro trimestre deste ano, de 364 (foram 130 em janeiro, 123 em fevereiro e 111 em março) para 333 (são 107 no primeiro mês, 112 no segundo e 114 no terceiro). São 31 a menos e a média diária caiu de quatro para três. A queda foi de 32,4% em 2020 – baixou de 1.695 em 2019 para 1.146, ou 549 a me­nos. A média diária caiu para três casos. Os roubos de veículos caíram 20,5%, de 117 (em 2020 foram 50 em janeiro, 35 em fe­vereiro e 32 em março) para 93 (com 36, 30 e 27, respectiva­mente), 24 a menos. A média é pouco superior a um por dia.

No ano passado, os roubos de veículos caíram 36,7%, de 569 ocorrências para 360, ou 209 a menos em doze meses de 2020. A média baixou para menos de um (0,9) por dia. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes caiu de 330,49 para 216,89. Já os casos por 100 mil veículos recuaram de 416,51 para 273,73. A de furto por 100 mil veículos caiu de 311,83 para 208,30 e o de roubo por 100 mil veículos baixou de 104,68 para 65,43 no ano passado.

O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar aumentou 24,3% no primeiro trimestre deste ano, quando 143 foram devolvidos aos donos (40 em janeiro, 59 em fevereiro e 44 em março), contra 115 do mesmo período de 2020 (foram 33, 50 e 32, respectiva­mente). São 28 a mais. A média também é pouco superior a um por dia. Em 2020, recuou 59,4%, de 873 em doze meses de 2019 para 354. São 519 a menos. A média diária recuou para menos de um (0,9).

Os casos de furtos em geral recuaram de 2.125 no primei­ro trimestre de 2020 (765 em janeiro, 801 em fevereiro e 559 em março) para 1.624 este ano (531 no primeiro mês, 536 no segundo e 557 no terceiro), que­da de 23,6%. São 501 a menos. A média diária baixou de 23 para 18. Em 2020, essas ocorrências recuaram 30%. A incidência baixou de 8.823 em 2019 para 6.176, redução de 2.647. A mé­dia diária caiu para 17. A taxa despencou de 1.287,94 para 889,44 por 100 mil habitantes.

As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de car­ga e a bancos) – caíram de 653 em 90 dias de 2020 (foram 241 em janeiro, 216 em fevereiro e 196 em março) para 550 no mesmo período de 2021 (são 185 no primeiro mês, 173 no segundo e 192 no terceiro). São 103 a menos e queda de 15,8%, com média diária de seis. A re­tração em 2020 foi de 35,4%. Caiu de 2.977 em doze meses de 2019 para 1.922 no ano passado, com 1.055 a menos. A média diária baixou para cinco. A taxa caiu de 434,57 para 276,80 por 100 mil habitantes.

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