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Obras de viadutos devem atrasar

ALFREDO RISK

A Contersolo, empresa res­ponsável pela construção de dois viadutos do Programa Ribeirão Mobilidade, ambos na avenida Brasil, Zona Norte da cidade, quer aditamento no valor dos contratos assinados com a prefeitura de Ribeirão Preto para finalizar os equipa­mentos viários.

O valor do reajuste ainda está sendo discutido com o município. Segundo a Secre­taria Municipal de Obras Pú­blicas, a empresa alega que o aditamento é necessário por causa do aumento de mais de 50% do preço do aço nos últi­mos dozes meses, a principal matéria-prima para constru­ção de viadutos.

O primeiro viaduto em construção fica no cruzamento da avenida Brasil com a ave­nida Mogiana, tem um custo total de R$ 19.870.000,00 e co­meçou a ser construído em no­vembro de 2019. Pelo contra­to, a previsão de conclusão era de 14 meses. Portanto, deveria ter sido concluído em janeiro. Atualmente, está com 62% das obras concluídas.

Já o segundo viaduto, tam­bém na Brasil, sobre a aveni­da Thomaz Alberto Whately, tem um custo total de R$ 13.284.955,62. As obras come­çaram em abril do ano passa­do. A previsão inicial é que fi­casse pronto em 14 meses. Ou seja, em maio.

Atualmente, 44% do via­duto estão concluídos. Com nove metros de altura em seu ponto mais alto e 110 metros de extensão, vai beneficiar cerca de 3,2 mil veículos que passam pela avenida Brasil e 2,8 mil que passam pela Tho­maz Alberto Whately nos ho­rários de pico.

Enquanto negocia o rea­juste dos contratos com o mu­nicípio, a construtora decidiu reduzir o ritmo das obras, com menos trabalhadores no local. Ao Tribuna, a Secretaria Muni­cipal de Obras Públicas afirma que já notificou a empresa para que retome o ritmo normal de trabalho nas duas obras.

A secretaria admite, contu­do, que os viadutos devem de­morar mais tempo para serem terminados. Na sexta-feira, 23 de abril, a prefeitura publicou no Diário Oficial do Muni­cípio (DOM) a atualização dos preços para construção do viaduto da avenida Bra­sil com a Mogiana. Segundo o extrato de rerratificação do acordo, o preço da obra saltou de R$ 19.870.000,00 para R$ 20.474.113,58, alta de 3,04% e aporte de R$ 604.113,58.

A prefeitura de Ribeirão Preto afirma que o reajuste é referente a atualização anual prevista em contrato, que tem como base a inflação do perí­odo. A administração também realinhou o valor da obra do viaduto da avenida Thomaz Alberto Whately aumentando o valor de R$ 13.284.955,62 para R$ 13.819.843,31, aumen­to de 4,02% e acréscimo de R$ 534.887,69.

A produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de to­neladas em março, alta de 4,1% ante o mesmo mês do ano pas­sado, segundo o Instituto Aço Brasil. As vendas internas avan­çaram 41,9% frente ao apurado no mesmo mês de 2020 e atin­giram 2,1 milhões de toneladas.

O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, diz que as usinas já reajustaram em 35% o preço do aço para os distribuidores neste ano. Foram pelo menos três aumentos até agora. Em abril, os aumentos ficaram entre 10% e 12%.

O investimento total no Ribeirão Mobilidade se apro­xima de R$ 500 milhões. São R$ 310 milhões provenientes de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade Urbana e do Saneamento, do governo federal e, o restante do Finan­ciamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e outras agências de crédito.

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