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Larga Brasa

Surpresas da madrugada
Ribeirão Preto possuía inúmeras indústrias em que, pela neces­sidade da produção em grande volume de seus produtos, os tra­balhadores precisavam trabalhar em turnos, incluindo o noturno, com entrada às dez da noite e saída na madrugada. Eram mi­lhares de empregados que muitas vezes preferiam o trabalho da noite para que pudessem durante o dia fazer um “bico” e ajudar no sustento do lar. Diferentes bairros da crescente cidade possu­íam tais unidades fabris, muitas delas motivando reclamações de vizinhos pelo barulho que faziam e incomodava aos que residiam nas imediações. Mas sempre se relevava diante da premência de postos de trabalho.

Grande bairro imensa indústria
Em um grande bairro, verdadeira cidade, havia uma indústria com mais de dois mil empregos e os homens, principalmente preferiam o labor no período mais tranquilo, embora muitas mulheres também optassem por este horário para ganhar o adicional noturno e outras vantagens. Um cidadão queria ampliar a sua casinha. Ele havia du­rante anos morando nos fundos da casa de seus pais e depois con­seguiu a custa de muito sacrifício comprar o seu teto para estruturar o seu lar, doce lar. Continuava batalhador, enquanto a mulher tentava engravidar para que ambos pudessem criar seus filhos. Ele continu­ava no batente em várias frentes. Tinha um objetivo: melhorar a sua casa de quarto, sala e cozinha para poder abrigar a sua querida espo­sa e seus futuros herdeiros.

Quebrou o aparelho de trabalho
Certa madrugada, enquanto mourejava, ele foi surpreendido pela quebra de uma peça importante de um grande tear, que trançava os fios dos tecidos. Como o pessoal da manutenção não con­seguiu resolver o problema, ele e os demais da área foram dis­pensados. Ele correu para sua casa para ter um momento a dois com sua esposa. Chegou e bateu à porta. Ninguém respondeu. Acentuou a batida com a chamada de sua esposa que deveria estar dormindo, como se dizia, nos “braços de Morpheu – o deus do sono”. Chegou a gritar pelo nome da companheira com bati­das seguidas à porta a ponto de acordar a vizinhança. A esposa com jeito de doente atendeu a porta de forma a demonstrar do­res, o que o levou a tentar fazer alguma coisa para diminuir seu sofrimento. Ela disse que havia sofrido um tombo e que precisava de massagens nas pernas, o que ele rapidamente se prontificou a passar uma famosa pomada de arnica que “era um santo re­médio”. Depois ele fez um chá de erva cidreira com camomila e dormiram abraçados, de conchinha.

Surpresa pela manhã
Quando ele acordou primeiro pela manhã ele como fazia todo dia, procurava seus sapatos sob a cama para não pisar no piso úmido e frio. Qual não foi sua surpresa ao colocar o seu pé direito no sapato que encontrou no escuro e ele escorregou de maneira que não era usual. Ele se abaixou e encontrou algo que não gostou: o sapato era de numero muito maior que ele calçava. Certamente não era dele o sapato. Sem falar nada, pegou o par do grande sapato e o levou para a Delegacia de Polícia e acusou a esposa de traição. Ele foi juntando o quebra-cabeça e registrou o BO que lhe deu embasamento para o desquite que era o remédio para tais problemas à época. Ela não esboçou qualquer justificativa. Simplesmente pegou a mala de roupas e foi para a residência de seus pais. Ele ficou chocado, frustrado e perdeu o elã da vida. Nunca soube quem era o “Casanova” que lhe roubou o amor de sua vida e o traiu.

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