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Feira da Marcondes Salgado pode encolher

J.F.PIMENTA

Um levantamento que está sendo realizado pela Prefei­tura de Ribeirão Preto em co­mum acordo com o Sindicato dos Feirantes da cidade quer detectar quantos feirantes da feira da rua Marcondes Sal­gado, na região central da ci­dade, deixaram a atividade. A ideia é identificar quem apenas deixou de trabalhar por causa da pandemia do coronavírus e quantos efetivamente deixa­ram a profissão. Uma das mais tradicionais da cidade – ela começa no cruzamento com a rua Bernardino de Campos e se estende até a Rua Lafaiete – a feira tem enfrentado proble­mas há um bom tempo. Isso porque, moradores e comer­ciantes do local reclamam que ela causa problemas viários e dificuldade a entrada ou saída dos veículos das garagens. A feira é realizada às terças-feiras.

De acordo com o presiden­te do Sindicato dos Feirantes, Atílio Danese, para tentar um consenso e resolver o proble­ma foi decidido a realização do levantamento. Com a me­dida será possível ver os pon­tos – lacunas – e reagrupar os feirantes, deixando o máximo possível de espaço livre para o acesso o moradores e comer­ciantes do local. Danese garan­te que os cruzamentos das ruas transversais onde a feira é rea­lizada já ficam liberados para o tráfego de veículos.

Levantamento pode diminuir tamanho da feira

“O intuito é atualizar os fei­rantes que frequentam, identi­ficar os que não exercem mais suas atividades, localizar os es­paços que se encontram vagos e reorganizar o espaço para aces­sibilidade dos frequentadores, bem como tentar flexibilizar o trânsito, principalmente dos prédios existentes no local”, ex­plica a Prefeitura por meio de nota. O levantamento está sen­do feito pela Fiscalização Geral da Prefeitura a quem as feiras livres estão subordinadas.

Atilio Danese, presidente do Sindicato da categoria: levantamento em comum acordo com a prefeitura

Em 2018 uma lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto, tentou dar des­conto de 50% no Imposto Pre­dial e Territorial Urbano (IPTU) para os imóveis localizados nos trechos de ruas onde são reali­zadas as feiras livres. De autoria do então vereador Orlando Pessoti (PDT) a proposta foi aprovada, mas vetada pelo pre­feito Duarte Nogueira (PSDB). Na época, os vereadores derru­baram o veto do prefeito, a lei foi promulgada e a Prefeitura ingressou com uma Ação Di­reta de Inconstitucionalidade (Adin) para reverter a decisão.

Segundo o autor da lei, a proposta visava compensar os prejuízos e impactos causados pelas feiras-livres às portas das casas destes contribuintes, seja pelo bloqueio de suas ruas, di­ficuldades para ingressar nos edifícios, perdas ou redução dos clientes no comércio do dia, montagem e desmonta­gem de barracas no horário comercial, acúmulo de lixo, poluição sonora, entre outros.

73 anos de feiras livres em Ribeirão
As feiras livres fazem parte do cotidiano do ribeirão-pretano há exatos 73 anos. Criadas por lei, em 1948, pelo então prefeito José Magalhães e implementadas, de fato, em 1954, pelo prefeito Condei­xa Filho, elas tiveram seu primeiro ponto de funcionamento na Praça Sete de Setembro, região central da cidade.

Ao longo das décadas se transformaram em referência, ponto de encontro para muita gente e ajudaram quase todos os feirantes a conseguirem fazer o chamado “pé de meia” e possibilitar com que seus filhos pudessem cursar uma faculdade.

Na década de 80, o sucesso das feiras era tanto que a cidade chegou a ter cerca de 450 feirantes cadastrados pelo município. Entretanto, com a concorrência dos supermercados e varejões, que ganharam força a partir do final dos anos noventa, o número de barracas foi diminuindo.

Um dos feirantes que aposta as suas fichas no setor é Ronaldo Domin­gos Alves Filho, de 20 anos. Em 2019 ele assumiu uma barraca onde comercializa pamonha e outros produtos feitos a partir do milho verde

Atualmente a cidade tem cerca de 350 feirantes cadastrados, o que não significa que todos estão na ativa. De acordo com o site da prefeitura, 29 feiras – entre diurnas e noturnas – distribuídas ao longo da semana.

De acordo com o Sindicato dos Feirantes de Ribeirão Preto, apesar de terem parado de atuar, muitos comerciantes mantém o cadastro ativo para fins de contribuição previdenciária, junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), ou porque ainda sonham em voltar ao mercado após a pandemia do coronavírus.

Um dos feirantes que aposta as suas fichas profissionais no setor é Ronaldo Domingos Alves Filho, de 20 anos. Em 2019 ele assumiu uma barraca onde comercializa pamonha e outros produtos feitos a partir do milho verde, na feira livre da rua Marcondes Salgado, na região central de Ribeirão Preto. Ronaldo diz que a feira representa seu futuro profissional.

Para saber quando e onde as feiras funcionam na cidade, acesse: www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/fazenda/feira-livre

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