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Leite Lopes vai receber mais de R$ 130 milhões em investimentos

FOTOS: J.F.PIMENTA

A concessão do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, de Ribeirão Preto, para a ini­ciativa privada deverá resultar em investimentos de mais de R$ 130 milhões no equi­pamento aeroviário. O valor faz parte do edital de conces­são de 22 aeroportos do estado para a iniciativa privada lança­do no dia 15 de abril, pelo Go­verno do Estado de São Paulo.

A licitação será realizada no dia 15 de julho na Bolsa de Valores e a concessão será por trinta anos. O concessio­nário vencedor deve fazer in­vestimentos obrigatórios nos aeroportos já na primeira fase da concessão, nos primeiros quatro anos. Os demais inves­timentos na modernização e ampliação da infraestrutura estão previstos ao longo do pe­ríodo contratual.

Antes da pandemia, em 2019, o aeroporto de Ribeirão Preto registrou alta no fluxo de passageiros em comparação com 2018, fechando no primeiro lugar do ranking do Daesp

Na licitação, o governo divi­diu 22 aeroportos do Estado de São Paulo em dois lotes: o No­roeste e o Sudeste. O Noroeste é composto por 11 unidades, encabeçada por São José do Rio Preto, além dos aeroportos comerciais de Presidente Pru­dente, Araçatuba e Barretos, bem como dos aeródromos de Assis, Dracena, Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina, Presidente Epitácio.

Já o grupo Sudeste é com­posto por 11 unidades, cuja principal é a de Ribeirão Preto, além de Bauru-Arealva, Ma­rília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratin­guetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel.

Só para ter uma ideia dos valores a serem investidos no Leite Lopes, o edital para con­cessão dos onze aeroportos do grupo sudeste prevê investi­mentos de R$ 266.579.190,00. Deste total, 48,9%, ou seja, R$ R$ 130.282.812,00 serão feitos no de Ribeirão. O terminal de passageiros, por exemplo, deverá receber em um pra­zo de vinte anos um total de R$ 88.130.434,00. Os investi­mentos a serem feitos foram divididos em biênios.

Outros setores do Leite Lopes também receberão in­vestimentos. Entre as obras previstas está o recapeamen­to, iluminação e repintura da pista de pouso no valor de R$ 20.276,645,00, estacionamento de veículos – R$ 8.810.986,00 e medidas contra o ruído aero­náutico – R$ 3.217.625,00 .

Investimentos de R$ 88 milhões no terminal de passageiros

Antes da pandemia, em 2019, o aeroporto de Ribeirão Preto registrou alta no fluxo de passageiros em compara­ção com 2018, fechando no primeiro lugar do ranking do Daesp – Departamento Aero­viário do Estado de São Paulo.

Passaram pelo terminal ribeirão-pretano 923.617 via­jantes, até 31 de dezembro de 2019.
O Leite Lopes é classifica­do pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como sendo da categoria 4C, o que permite a operação de aero­naves. Entre elas as dos mo­delos Airbus A320, A321 e Boeing 737-800, que são os mais utilizados em voos den­tro da América do Sul.

 

O edital de concessão
Dos 22 aeroportos – seis deles já contam com serviços de avia­ção comercial regular e 13 com potencial de se desenvolver como novas rotas regulares durante a concessão – estão divididos em dois lotes, submetidos ao pro­cesso de licitação internacional. Juntos, os dois grupos movimen­tam atualmente 2,4 milhões de passageiros por ano, consideran­do embarques e desembarques.

Estimativas técnicas apontam crescimento de 230% dessa movimentação, considerando a realização de investimentos e o fomento à aviação regional, com mais de oito milhões de passagei­ros por ano ao longo dos 30 anos de contrato de concessão.

A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a pres­tação dos serviços públicos de operação, manutenção, explora­ção e ampliação da infraestrutura aeroportuária estadual, que está atualmente sob gestão e operação do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). A Artesp passa a ser agência regu­ladora do contrato de concessão.

Podem participar da licitação empresas nacionais ou estran­geiras, consórcios, instituições financeiras e fundos de inves­timentos. Além de apresentar a maior proposta de outorga fixa, o vencedor terá de comprovar qualificação técnica em gestão aeroportuária, seja da própria em­presa ou consórcio, ou de pessoas de sua equipe ou mesmo por meio de subcontratação qualificada.

Segundo o governo paulista, além do fomento ao desenvol­vimento da aviação regional, uma das grandes vantagens da concessão dos aeroportos à iniciativa privada é a desoneração do Estado aliada à realização de investimentos nos ativos aeropor­tuários, melhorando a qualida­de dos serviços disponíveis à população paulista, assim como incentivando o desenvolvimento da economia ligada ao setor. O estudo de Viabilidade Técnica e Econômica dos 22 aeroportos fo­ram realizadas pela IOS Partners, consultoria internacional contratada pelo governo do Estado.

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