Tribuna Ribeirão
Saúde

Risco: kit intubação pode faltar em 591 municípios

© Reuters / Kai Pfaffenbach / Direitos Reservados

Pelo menos 591 municípios brasileiros estão preocupados com o risco de não terem o kit intubação para atendimento aos pacientes com a covid-19 internados. Os dados constam da quinta pesquisa semanal feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) para apurar os desafios enfrentados pelos entes locais no combate à pan­demia da covid-19.

Em Ribeirão Preto, de acor­do com informações da Secre­taria Municipal de Saúde divul­gadas no início desta semana, a remessa de insumos enviadas para a cidade devem ser sufi­cientes para entre 14 e 45 dias, a depender do produto, diante da atual demanda de atendimentos na pandemia.

São eles midazolam (indutor de sono, de 40 a 45 dias), bloque­ador neromuscular (de 14 a 17 dias) e fentanil (medicamento utilizado para aliviar dores crô­nicas, 14 dias). Segundo a pasta, os medicamentos foram entre­gues aos dois polos Covid-10, no Centro e na avenida Treze de Maio, além de hospitais como o Santa Lydia.

Segundo a CNM, embo­ra nesta semana tenha havido uma queda nesses números, na comparação com a semana anterior, a quantidade de mu­nicípios com falta de kits ainda é considerada preocupante. A confederação também per­guntou aos gestores se, durante este ano, o hospital da região enfrentou problemas relacio­nados à falta do kit intubação.

Para 35,5% (745) das pre­feituras ouvidas a resposta foi sim. Em contrapartida, 57,4% (1.203) indicaram que não houve esse problema. Quando o assunto é a falta de oxigênio, é uma preocupação para 8,2% (171) dos municípios pesquisa­dos. “Isso indica que este proble­ma semana a semana está sendo resolvido. Em 89,5% (1.875) das cidades não houve esse risco nesta semana”, diz a entidade.

A aplicação da primeira dose da vacina contra a co­vid-19 no grupo prioritário foi paralisada nesta semana por falta de imunizantes em 23,8% (499) dos municípios que responderam à consulta. Já (1.554) 74,1% afirmaram ha­ver vacinas disponíveis. Sobre a existência de pacientes com a covid-19 internados em Uni­dades de Pronto Atendimento (Upas), 13% dos municípios (273) responderam que está ocorrendo. Já 83,8% (1.757) afirmaram não estar com esse problema nesta semana.

A pesquisa revela ainda que para 23% dos municípios (482) respondentes, o governo es­tadual instituiu algum auxílio emergencial para a população e ou as empresas em decorrência da pandemia da covid-19, e em 70,8% (1485) ainda não foi feito nada nesse sentido. A pesquisa ouviu, de 19 a 22 de abril, 2.096 dos 5.568 municípios.

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