Ribeirão Preto registrou mais 398 casos de coronavírus em 24 horas – cerca de um a cada três minutos e 40 segundos – e o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 superou a marca de 66 mil. Nesta terça-feira, 13 de abril, saltou para 66.123, aumento de 0,6% em relação aos 65.725 de segunda-feira (12).
A quantidade de pessoas infectadas representa 9,3% da população da cidade, de 711.825 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ribeirão Preto já tem 24.190 casos este ano, 36,6% de toda a pandemia e 57,7% do total de 2020, de 41.933. Segundo o secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, entre 60% a 80% dos casos deste ano são da variante de Manaus (AM), a P.1.
O número de janeiro chegou a 8.301. Em fevereiro já são 4.874 pessoas infectadas. Março terminou com 8.898 casos (o número ainda pode mudar no decorrer de abril), 287 a cada 24 horas, 4.024 a mais do que no mês anterior, alta de 82,6%. Também já tem o maior volume da pandemia. Em doze dias de abril já são 2.117 casos, 176 por dia.
Março superou julho (8.613), junho (6.718), agosto (6.490), dezembro (6.361) e janeiro. Novembro terminou com 3.305. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Boletim Epidemiológico. O recorde de infecções em 24 horas é de 15 de julho, de 657 registros.
A tendência ainda é de alta na comparação semanal. Entre 30 de março e 5 de abril, quando passou de 62.351 para 63.926, mais 1.575 pacientes foram diagnosticados com covid-19, média móvel de 225 a cada 24 horas. Entre 6 E 12 de abril, saltou de 64.308 para 66.123. São 1.815 novos casos, 259 a cada 24 horas. O aumento chega a 15,2%. São 240 contágios a mais.
Se a comparação considerar o período de duas semanas, a tendência é de queda. O número de casos saltou de 57.956 para 61.918 entre 16 e 29 de março. São 3.962 novos contágios, média de 283 por dia. Entre 30 de março e 12 de abril passou de 62.351 para 66.123, ou seja, mais 3.772 infectadas, 269 a cada 24 horas. Houve recuo de 4,8 %. São 190 a menos.
A taxa de casos por 100 mil habitantes em 14 dias no dia 1º de março era de 249,64. No dia 26 do mês passado disparou para 422,58 e em 9 de abril estava em 362,45. A taxa de transmissão (Rt) da covid-19 na cidade subiu de 1,47 para 1,72. Significa que cada grupo de 100 pessoas pode transmitir o vírus para outras 172, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As notificações desde o início da pandemia chegaram a 147.225, sendo que 78.873 pessoas testaram negativo para covid-19, ou 53,6% do total. Os 66.123 casos confirmados até agora representam 44,9%. A cidade também aguarda o resultado de 2.229 exames que estão represados nos laboratórios (1,5%). Os meses com menos casos são março (88, a pandemia começou em meados do mês na cidade) e abril (223) do ano passado. Ribeirão Preto também tem 1.695 mortes.
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social em Ribeirão Preto despencou para 41% na segunda-feira (12), contra 52% de domingo (11). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%.
Mirtes Wiermann
A jornalista Mirtes Wiermann saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ribeirânia de Ribeirão Preto. A informação foi divulgada pela modelo Letícia Datena, filha da paciente com o também jornalista José Luiz Datena, em suas redes sociais.