O quilo do gás liquefeito de petróleo (GLP) produzido nas refinarias da Petrobras está, em média, R$ 0,15 mais caro desde sexta-feira, 2 de abril. O quilo do produto passou a ser vendido a R$ 3,21 e o botijão de 13 quilos (GLP-13), a R$ 41,68.
Segundo a empresa, a alta no preço do gás de cozinha reflete as movimentações da cotação internacional do petróleo, utilizada como insumo na produção do GLP, além do câmbio. A variação é de 5%, em média. Este é o quarto aumento do ano.
Em 2021, o número de reajuste e os percentuais de alta têm sido menores do que os praticados no comércio de gasolina e óleo diesel. Em nota, a empresa afirma que “os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”.
“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para envase pelas distribuidoras, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores.” Neste ano, o gás de cozinha já acumula alta de 22,1% nas refinarias da Petrobras.
Em Ribeirão Preto, a expectativa é que o botijão de 13 quilos seja vendido por até R$ 100 com a taxa de entrega. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel.
Também considera os custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis. A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.
Os preços são livres e variam nos postos de venda aos consumidores. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, respondem pelos preços ao consumidor final. Para definir o valor, os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, logística, tributação e margem de lucro.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 28 de março e 3 de abril, o gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 85,14 (mínimo de R$ 79,99 e máximo de R$ 98), alta de 0,3% e acréscimo de R$ 0,29 em relação à semana anterior, de 21 a 27 de março, quando o botijão de 13 quilos era vendido por R$ 84,85 (piso de R$ 79,99 e teto de R$ 95).
As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O primeiro lugar do ranking dos mais caros é de São Carlos, que repassa o GLP por R$ 95,13 (piso de R$ 90 e teto de R$ 98,50), cerca de 11,7% acima do preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 9,99.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto ainda está R$ 13,26 acima do praticado em Araçatuba, onde o botijão do gás de cozinha custa R$ 71,88 (mínimo de R$ 66,90 e máximo de R$ 78), o produto mais barato do estado. Em relação ao GLP ribeirão-pretano, a variação chega a 18,4%.
De acordo com o Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA), em 2020 o preço do gás de cozinha subiu 8,3% no Brasil, enquanto o gás encanado caiu 1,09% e o gás veicular recuou 1,29%. O preço médio da revenda do botijão, ainda segundo a ANP, saiu de R$ 69, em março do ano passado, para R$ 75 em novembro. Há cinco anos, era revendido a R$ 47,43.