Ribeirão Preto registrou mais 433 casos de coronavírus em 24 horas – cerca de um a cada três minutos e 20 segundos – e o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 superou a marca de 62 mil. Nesta quarta-feira, 31 de março, saltou para 62.351, aumento de 0,7% em relação aos 61.918 de terça-feira (30).
A quantidade de pessoas infectadas representa 8,8% da população da cidade, de 711.825 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ribeirão Preto já tem 20.458 casos este ano, 32,8% de toda a pandemia e 48,8% do total de 2020, de 41.893. Segundo o secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, de 60% a 80% dos casos deste ano são da variante de Manaus (AM), a P.1.
O número de janeiro chegou a 8.020. Em fevereiro já são 4.807 pessoas infectadas. São 7.631 casos em 30 dias de março, 254 a cada 24 horas, 2.824 a mais do que no mês passado, alta de 58,7%. Também já tem o terceiro maior volume da pandemia, atrás apenas de julho (8.606) e janeiro deste ano.
Superou junho (6.712), agosto (6.489) e dezembro (6.332) no final de semana. Novembro terminou com 3.305. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Boletim Epidemiológico. O recorde de infecções em 24 horas é de 15 de julho, de 657 registros.
A tendência é de alta na comparação semanal. Entre 17 e 23 de março, quando passou de 58.234 para 59.968, mais 1.734 pacientes foram diagnosticados com covid-19, média móvel de 248 a cada 24 horas. Entre 24 e 30 de março, saltou de 60.137 para 62.351. São 2.214 novos casos, 316 a cada 24 horas. O aumento chega a 27,7%. São 480 contágios a mais.
Se a comparação considerar o período de duas semanas, a tendência é de estabilidade. O número de casos saltou de 53.843 para 57.956 entre 3 e 16 de março. São 4.113 novos contágios, média de 294 por dia. Entre 17 e 30 de março passou de 58.234 para 62.351, ou seja, mais 4.117 infectadas, também 294 a cada 24 horas. Houve avanço de apenas 0,09%, quatro a mais.
A taxa de casos por 100 mil habitantes em 14 dias no dia 1º de março era de 249,64, no dia 2 estava em 269,87 e no dia 16 de março saltou para 373,27. Na última sexta-feira (26) disparou para 422,58. A taxa de transmissão (Rt) da covid-19 na cidade subiu de 1,47 para 1,72. Significa que cada grupo de 100 pessoas pode transmitir o vírus para outras 172, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As notificações desde o início da pandemia chegaram a 140.183, sendo que 75.592 pessoas testaram negativo para covid-19, ou 53,9% do total. Os 62.351 casos confirmados até agora representam 44,5%. A cidade também aguarda o resultado de 2.240 exames que estão represados nos laboratórios (1,6%) – está há vários dias acima de dois mil. Os meses com menos casos são março (88, a pandemia começou em meados do mês na cidade) e abril (222).
Ribeirão Preto também tem 1.528 mortes. Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social em Ribeirão Preto estava em 42% na terça-feira (30), mesmo índice de segunda-feira (29), depois de atingir 53% no domingo (28). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%.