O isolamento social não impediu a brincadeira com pipas e, consequentemente, transtornos à rede elétrica. Todos os anos, durante o período de férias escolares, em dezembro, janeiro e junho, crianças, adolescentes e até mesmo adultos, aproveitam para empinar pipas. Um levantamento realizado pela CPFL Paulista aponta aumento de 25,8% nas interrupções de energia causadas por pipas nas regiões de Ribeirão Preto e Franca, em 2020.
A concessionária de energia atende cerca de 310 mil unidades consumidoras em Ribeirão Preto e mais 4,2 milhões de clientes em outros 233 municípios. Em todas as cidades atendidas pela CPFL Paulista, o estudo identificou um crescimento de 20,9% de interrupções no fornecimento, causadas entre janeiro e dezembro de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. Foram 5.066 registros, no último ano, contra 4.189 do ano anterior.
Em Ribeirão Preto, o número de ocorrências saltou de 306 em 2019 para 315 no ano passado, 26 por mês, quase uma por dia e alta de 2,9%. A região seguiu a mesma tendência, registrando 1.009 interrupções por pipas em 2020 e 821 ocorrências no ano anterior, aumento de 22,9% e 188 a mais. Apenas as dez cidades com mais casos somaram 749 interrupções, aumento de 18,5% em relação às 632 de 2019. São 117 a mais.
Entre as dez cidades com mais casos na região, Ribeirão Preto regional lidera o ranking, seguida por Barretos (83) e Bebedouro (66). Já em 2021, as duas regiões (Ribeirão Preto e Franca) apresentaram números expressivos, 151 ocorrências causadas por pipas. Nas cidades da região de Franca foram 188 interrupções por pipas em 2020 e 130 ocorrências em 2019.
Entre as dez cidades com mais casos, Franca lidera o ranking com 91, seguida por Batatais (39) e Guará (11). Um brinquedo inofensivo que traz transtornos quando utilizado de forma inadequada, podendo provocar acidentes graves e até fatais e corte no fornecimento de energia. Muitas pipas ficam enroscadas nos fios e causam interrupções nos meses seguintes. Isso ocorre porque a linha e a estrutura da pipa, enrolada nos cabos elétricos, se tornam condutoras de energia quando chove.
Os desligamentos e os acidentes causados pelas pipas podem ser evitados com alguns cuidados simples. É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, onde também podem acontecer os atropelamentos.
Não tente resgatar uma pipa enroscada na rede elétrica, pois além de provocar desligamentos no fornecimento de energia pode causar acidentes, com vítimas fatais. O ideal é soltar pipas longe da rede elétrica. Se acontecer de o brinquedo ficar preso em um fio, a melhor atitude é dá-lo como perdido.
Além disso, vale destacar que no estado de São Paulo é crime de acordo com a lei estadual nº 12.192, de 2006, usar o cerol ou a chamada “linha chilena”. Por conduzirem eletricidade, em contato com a rede elétrica, aumentam o risco de choques. Por conta do seu poder cortante, essas linhas podem romper os cabos da rede e provocar curtos-circuitos, além de colocar em risco a vida de ciclistas e motociclistas.
Por meio da campanha Guardião da Vida, a CPFL Paulista prioriza a segurança com a população e traz dicas de conscientização constantemente para evitar acidentes com a rede elétrica. Entre os assuntos, estão os perigos de brincadeiras com pipas próximo às subestações e às redes elétricas. A CPFL reforça que as pessoas nunca busquem as pipas caídas em locais com equipamentos de energia, que podem causar acidentes e até morte.