Os vereadores André Rodini (Novo) e Gláucia Berenice (DEM) são alvos de uma reclamação junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). A autora da queixa é a professora Annie Schmaltz, do Departamento de Biologia da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, e é subscrita pela fotógrafa Débora Cavalcante e pelo estudante Ronaldo Barbosa Júnior.
Eles questionam uma postagem e declarações em que os dois parlamentares se manifestaram favoráveis ao chamado “tratamento precoce” contra a covid-19. Annie Schmaltz é ligada ao Psol. Na reclamação, a professora afirma que André Rodini e Gláucia Berenice e compartilharam conteúdos desestimulando as medidas de restrição no combate à pandemia, como o “lockdown”.
Diz ainda que os dois vereadores teriam se posicionado em defesa do tratamento precoce baseado em medicamentos sem comprovação científica. Na semana passada, Gláucia Berenice publicou uma postagem em suas redes sociais se posicionando contra o “lockdown” e defendeu o chamado “tratamento precoce”.
Já Rodini teria concedido uma entrevista em que também falou sobre esse tipo de tratamento. Ao Tribuna, a vereadora democrata afirmou, por meio de nota, que utiliza do seu livre direito de cidadã para manifestar sua opinião e que como parlamentar tem proposto ações contra a covid-19, como pedir a ampliação da Central de Atendimento e do Cadastro Emergencial, monitoramento do ensino remoto, cursos de alfabetização digital e sistema “drive thru” (sem descer do carro) de vacinação para idosos.
Lista ainda estratégias para acolhimento psicológico para pessoas em sofrimento psíquico, além de buscar mais meios de como ser mais eficiente em meio a situação sanitária e econômica tão difícil que a sociedade enfrenta. A vereadora ressaltou ainda que, “apesar de emitir essa resposta, pela consideração ao referido veículo de comunicação ainda não foi notificada pelo Ministério Público de São Paulo”.
Já o vereador André Rodini diz que ainda não tomou conhecimento do pedido da professora Annie Schmaltz, da fotógrafa Débora Cavalcante e do estudante Ronaldo Barbosa Júnior, e, por isso, preferia se manifestar somente quando tiver ciência da reclamação.