Tribuna Ribeirão
Economia

MPEs geram 75% dos empregos

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

As micro e pequenas em­presas (MPE) lideraram a ge­ração de empregos em janei­ro, criando aproximadamente 195,6 mil vagas, o que corres­ponde a cerca de 75% do total de 260.353 empregos formais registrado no mês. Os núme­ros constam de relatório ela­borado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados de janeiro do Ca­dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O resultado também é quase o dobro do número de empregados gerado pelo seg­mento no mesmo mês do ano passado. Este é o sétimo mês consecutivo em que os pe­quenos negócios lideraram a geração de postos de trabalho no país. O relatório mostra ainda que as médias e gran­des empresas (MGE) também registraram saldo positivo na geração de empregos.

Foram 668.257 admissões contra 626.653 desligamentos, resultando em um saldo posi­tivo de 41.604 empregos. Esse número equivale a 15,9% do total de empregos gerados no Brasil. Nos últimos seis meses, os pequenos negócios apresentaram saldo total de 1,1 milhão de novos empre­gos contra 385,5 mil novos postos de trabalho criados pelos médios e grandes.

No último mês de janeiro, os setores que mais contribu­íram para os saldos positivos foram serviços, indústria de transformação e construção. Esses resultados valem tanto para as MPE quanto para as MGE, informa o Sebrae. O re­latório mostra ainda que a di­vergência ocorreu no setor do comércio. Enquanto as micro e pequenas apresentaram saldo positivo de 27,4 mil, as médias e grandes tiveram saldo negati­vo de 21,3 mil vagas.

Em janeiro, a Região Cen­tro-Oeste apresentou o maior saldo – 17,26 novas vagas ge­radas a cada mil empregados, fechando janeiro com 55.795 empregos. A Região Sudeste ficou com saldo de 7,09 a cada mil empregados, com 67.957 empregos gerados no mês.

Em janeiro deste ano, as cinco unidades da Federação que proporcionalmente mais geraram empregos foram Mato Grosso, Goiás, Santa Ca­tarina, Roraima e Rio Grande do Norte. Todos esses estados geraram pelo menos 17 novos empregos a cada mil postos de trabalho já existentes.
Os estados que propor­cionalmente menos geraram empregos foram São Pau­lo, Minas Gerais, Amapá, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas. Com exceção do Amazonas, que apresentou saldo negativo, os demais ge­raram menos que sete novos empregos a cada mil postos de trabalho existentes.

Inadimplência
A inadimplência das em­presas caiu 5,8% em dezembro do ano passado, na análise com o mesmo mês de 2019. A redu­ção foi puxada pelas micro e pequenas empresas (MPEs), que são a maioria entre os ne­gócios com dívidas em aberto no país no período, segundo a Serasa Experian.

Os empreendimentos de menor porte tiveram retração de 7,3% em relação a dezem­bro/19, chegando a 5,4 mi­lhões, o que representa 92,9% do total de 5,8 milhões de ne­gócios com contas atrasadas em dezembro/20. Ainda na análise por portes, as médias empresas foram as únicas a registrar alta no total de nega­tivadas no fim de 2020.

A participação do setor de serviços, um dos mais impac­tados pelo período de distan­ciamento social, registrou alta entre os inadimplentes, indo de 50,2% em dezembro/19 para 51,2% no último mês do ano passado. O segmento se mantém como o que mais re­úne inadimplentes desde 2018. Já o comércio, que pode fun­cionar fazendo as vendas via internet, por exemplo, regis­trou queda.

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