Quero fazer um exercício, imaginar como seria a mente de Orwell nos dias de hoje, ou quem sabe um grande Big Brother, não aquele da Carol Conká ou Fiuk, aquele verdadeiro, que faz você e eu parar na frente da teletela e fazer quase que uma ginástica laboral.
Imagine um lugar onde um cidadão qualquer seja impedido de trabalhar, ou mais, um lugar onde seja limitado o número de alunos em escolas, por qualquer dos motivos ou se por qualquer coisa fosse proibido o cidadão de exercer sua profissão: o que pensaríamos?
Imagine só um local onde seriam segregados cidadãos natos de qualquer país, de não poderem mandar seus filhos à escola, ou lhes fosse negado o atendimento médico ou até de servirem as Forças Armadas; um lugar onde lhes fossem negadas as honras por motivos de raça, religião ou cor? Não, nem Orwell pensaria isso, jamais.
Algum dia pensamos que não poderíamos entrar em nossas empresas, pois alguém disse que isto seria errado, ou ficaríamos quase como a família de Anne Frank, com um medo terrível porque alguém de “alma pura” contaria à polícia?
Ou quem sabe, teríamos medo de professar nossa fé cristã, de ir até a igreja para cultuar o divino, seria proibido ou mais, será que pensamos em algum momento que não veríamos os rostos sem reconhecer amigos ou identificar muitas vezes o sentimento do outro, pela compaixão que temos. Difícil pensar nisso, ‘Ah, isso jamais acontecerá em nossa sociedade evoluída’.
Pois é amigos, não é Orwell tão pouco uma distopia; vivemos isso hoje, sim, e não se trata aqui de negar a situação da pandemia e a doença, muito menos a dor de quem perdeu seus entes queridos pelos vírus que nos abala, isso é real e necessitamos de cuidados, cada um nós, o indivíduo.
Cazuza escreveu em uma de suas músicas “eu vejo um museu de grandes novidades”. Sim, tudo o que foi descrito acima, a humanidade já passou, e logo abaixo, explico.
Entre 1933 e 1934 foi aprovado na Alemanha uma lei que, quem fosse “não confiável politicamente” seria expulso do serviço público. E quem não era confiável na época? Os Judeus.
Em Abril de 1933 foi aprovada outra lei, que limitava o número de alunos judeus nas escolas e universidade, e por aqui já ouvimos governantes e jornalistas falando que ‘quem não tiver a vacina, não pode estar em convívio’….
Em 1935 foi aprovada a “Lei de Nuremberg” que excluía a cidadania alemã dos judeus; aqui já ouvimos que quem não quiser tomar vacina ou quer se “arriscar” saindo de casa deveria renunciar o direito constitucional de tratamento.
Só para deixar claro, vacinas salvam!
Na cidade de Nova Granada, o governante quis identificar as pessoas com COVID-19 com pulseiras, vermelhas e amarelas, tal qual feito com os judeus e suas faixas no braço ou estrelas no peito.
Levaram os judeus para seus guetos, prenderem os judeus pela simples crença. Foram excluídos da convivência da sociedade, isto até 1938, pois a partir de 1939 eram fuzilados ou presos em campos de concentração. Hoje, temos “lugares” seguros para pessoas infectadas ficarem isoladas, já temos na China,
Alemanha e assim vai.
Chegamos ao ponto, de ouvir o que ouviam os judeus na Alemanha Nazista, de que era para o “bem” deles, e assim ouvimos que nos deixar trancados em casa é para o nosso bem, colocando no povo o medo, e assim podendo dominá-los.
Vivemos em 2021 e uma pandemia exaltou a falta intelectual de muitos governantes, falta de conhecimento da história e ressaltou os arroubos ditatoriais, querendo prender o povo e cerceando nossas liberdades, das quais foram duras para conquistar.
Nos dizem o que comprar ou não, o que é essencial ou não, e mais, nos tolhem o direito a opinião, o direito a questionamento, pelo simples fato da discordância. Seria a Gestapo alemã hitleriana?
Só nos resta perguntar, vamos reagir e lutar por nossas liberdades agora, ou deixar que nos retirem isso? A Luta, em oração, dentro da lei e com as forças que temos em Deus!
“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram
e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar”.
(Martin Niemöller)