Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social em Ribeirão Preto, que havia ficado em 50% nos dois primeiros dias de “lockdown” na cidade, na quarta (17) e na quinta-feira, 18 de março, caiu para 48% na sexta-feira (19).
No sábado (20) subiu para 51% e no domingo, 21 de março, atingiu o maior índice deste ano, de 55%. O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%, e o aceitável é de 50% em locais onde a pandemia está controlada, e este não é o cenário em Ribeirão Preto.
O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) decidiu não prorrogar o “lockdown” em Ribeirão Preto. A cidade voltou para a fase emergencial do Plano São Paulo à zero hora desta segunda-feira, onde permanecerá até dia 30. Serviços essenciais poderão retomar o atendimento presencial.
O toque de recolher continua valendo até dia 30, das 20 horas às cinco da manhã do dia seguinte durante a semana e das oito da noite de 27 de março, sábado, até as cinco da manhã de segunda-feira, dia 29. Com o retorno da cidade para a fase emergencial do Plano São Paulo, supermercados, varejões, padarias, açougues, bancos, casas lotéricas e lojas de conveniência retomaram o atendimento presencial.
O transporte coletivo urbano também voltou nesta segunda-feira. Táxis e transporte individual por aplicativo (Uber, 99 etc.) já podiam continuar trabalhando. Ontem, quem passou pelo calçadão percebeu um movimento bem superior aos da semana passada, mesmo com o comércio fechado. O tráfego nas principais avenidas de Ribeirão Preto também estava mais intenso.
As lojas de material de construção podem atender nos sistemas “delivery” (entrega em domicílio) e “drive thru” (o cliente retira a mercadoria sem descer do carro). O horário dos postos de combustíveis foi ampliado em uma hora. O decreto número 49/2021 foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de sexta-feira com apenas uma alteração: a ampliação da proibição de funcionamento das escolas públicas e particulares de 30 de março para 5 de abril.
Supermercados, varejões, padarias e açougues podem atender das seis às 20 horas. Já as lojas de conveniência dos postos de gasolina podem funcionar das cinco da manhã às oito da noite sem consumo no local. O comércio tradicional de rua e dos quatro shopping centers de Ribeirão Preto – RibeirãoShopping, Shopping Santa Úrsula, Shopping Iguatemi e Novo Shopping – vai permanecer de portas fechadas, mas pode trabalhar com “delivery”.
Os sistemas de “drive thru” e “take out” ou “take away” (retira a encomenda na porta da loja) são proibidos. Salões de beleza e cabeleireiros, barbearias, clínicas e estética não podem atender, assim como academias, clubes de recreação, cinemas, teatros, casas noturnas, bares, praças e parques. Nem o treinamento de equipes de alto rendimento, como a de ciclismo e os times de futebol e vôlei, é permitido.
Nos serviços de saúde da rede municipal, apenas os setores de urgência e emergência estão atendendo. O agendamento de consultas e exames e o atendimento não emergencial nas 36 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) da cidade estão suspensos. Também podem atender farmácias e drogarias. No setor de alimentação, o atendimento presencial em restaurantes está proibido, assim como o “drive thru” e “take away” ou “take out”.
Pode funcionar o “delivery” com 50% da capacidade do quadro funcional. Bares não podem atender. Missas e cultos também poderão voltar a ser realizados, mas obedecendo as regras da fase emergencial que preveem protocolo sanitário e manifestação individual de fé, com agendamento prévio.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, o resultado do “lockdown” – de 17 a 21 de março – começará a ser constatado em 15 dias, período médio de manifestação do coronavirus após a contaminação. Ou seja, a diminuição de contágio em função do isolamento social deste período poderá ser verificado nesta data.