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Mortes no trânsito sobem em fevereiro

FOTO: ALFREDO RISK/ARQUIVO

O ano começou com duas mortes no trânsito de Ribei­rão Preto, em janeiro, mas disparou para nove em feve­reiro, segundo informações divulgadas pelo Movimen­to Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP). A alta chega a 350%, com sete casos a mais. No primeiro bimestre deste ano, porém, houve que­da de 45%.

No primeiro bimestre do ano passado ocorreram 20 óbitos em Ribeirão Preto, nove a mais que os onze dos dois meses iniciais de 2021. Na comparação entre os me­ses de fevereiro, a queda foi de 10%, mas com quadro de estabilidade. Caiu de dez para nove, apenas um a menos apesar da pandemia.

Lembrando que, em janei­ro e fevereiro de 2020, Ribeirão Preto ainda não estava sob os efeitos das medidas restritivas impostas pela pandemia de co­ronavírus – as regras mais rígi­das da quarentena começaram a valer no final de março.

Em dois meses, seis moto­ciclistas morreram na cidade (54,5%), além de três pedes­tres (27,3%) e um ciclista (9,1%). Uma pessoa estava de carro (9,1%). Seis das vítimas morreram nos locais do aci­dente (54,55%). Quatro che­garam a ser socorridas, mas não resistiram (36,36%). Não há informação sobre o outro caso (9,09%).

As vítimas são sete homens (63,64%) e quatro mulheres (36,36%) com idades entre 18 e 69 anos. A maioria tinha entre 45 e 49 anos – três ca­sos (27,27%). Duas estavam na faixa etária entre 18 e 24 anos (18,19%) e as outras seis vítimas tinham entre 30 e 69 (54,54%).

Foram cinco colisões (45,45%), três atropelamentos (27,27%), dois casos de outra natureza (18,19%) e um cho­que (9,09%). Sete das vítimas eram motoristas (63,64%), três eram pedestres ou ciclista (27,27%) e uma era passageira (9,09%). Seis casos ocorreram em vias municipais (54,55%) e cinco em rodovias dentro do perímetro urbano (45,45%).

O Infosiga-SP atualizou os dados dos últimos anos e constatou que o número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito ficou estável em Ribeirão Preto em 2020, em comparação com 2019, mas a queda no perío­do da pandemia, entre abril e dezembro, foi ainda mais sig­nificativa, de 31,2%, segundo dados do Movimento Paulis­ta de Segurança no Trânsi­to (Infosiga-SP) divulgados nesta semana.

Na comparação entre os dois períodos de nove meses – de abril a dezembro –, a quan­tidade de vítimas fatais recuou de 59 em 2019 para 43 no ano passado, queda de 27,1% e 16 mortes a menos. Já em doze meses foram 71 óbitos nos dois exercícios no perímetro urba­no da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilôme­tros de vias municipais e tam­bém de rodovias concedidas pelo Estado.

No ano passado, foram dez mortes em janeiro, dez em fe­vereiro, oito em março, apenas três em abril, seis em maio, seis em junho, cinco em julho, três em agosto, seis em setembro, três em outubro, sete em no­vembro e quatro em dezem­bro. Entre abril e julho, a qua­rentena imposta pelos decretos de isolamento social estava mais severa, mas foi flexibiliza­da a partir de agosto.

Trinta e sete motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2020, mais da metade das vítimas fatais (52,1%). Treze eram pedestres (18,3%), nove estavam de bi­cicleta (12,7%), nove de carro (12,7%) e três não foram defi­nidas (4,2%).

A média é de aproxima­damente uma morte a cada cinco dias. Menos da metade das vítimas chegou a ser so­corrida – 33 pessoas (46,48%) foram levadas para hospitais e unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos – e 38 morreram no local dos aci­dentes (53,52%).

Cinquenta e oito das víti­mas eram homens (81,69%) e 13 mulheres (18,31%). A maioria era de jovens entre 18 e 29 anos (17) ou adultos com idades entre 45 e 54 anos (15). Mais dez estavam nas faixas entre 55 e 64 anos, onze entre 35 e 44 anos e seis de 75 e a 80 anos ou mais. Seis tinham en­tre 30 e 34, mais quatro entre 65 e 74 anos e uma tinha 17 anos ou menos. Não consta in­formação sobre um óbito.

As mortes ocorreram em colisões (32 casos), choques (nove), outros tipos de aciden­tes (12) e atropelamentos (13), além de cinco casos com infor­mação não disponível. Foram 36 óbitos em vias municiais (50,7%), 27 em rodovias que cortam a cidade (38,03%) e oito casos sem identificação de local (11,17%).

Acidentes sem mortes sobem 9,2% neste ano
O número de acidentes sem vítimas fatais em Ribeirão Preto também subiu 2,4% em fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2020. Saltou de 327 para 335, ou seja, oito ocorrências a mais. No primeiro bimestre a alta chega a 9,2%, de 597 para 652. São 55 a mais. A média diária saltou de dez para onze.

Os dados fazem parte da nova plataforma Movimento Paulista de Se­gurança no Trânsito (Infosiga-SP). Em relação a janeiro, quando foram registrados 317 acidentes em Ribeirão Preto, a alta é de 5,7%. São 18 casos a mais em fevereiro.

O número de acidentes sem vítimas fatais em Ribeirão Preto recuou 14,8% no ano passado, em comparação com o total de 2019. Baixou de 4.018 para 3.424, ou seja, 594 ocorrências a menos. A média diária baixou de onze para nove. Em 2020, a cidade registrou um caso a cada duas horas e 40 minutos.

Durante a pandemia de coronavírus, entre abril e dezembro, a queda foi de 17,8%. Foram 3.124 acidentes entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2019 contra 2.568 em 365 dias do ano passado, 556 a menos. O pico em 2020 ocorreu em agosto, com 331 casos, e abril foi o período com menor incidência, com 197 sinistros – os números são atualizados mensalmente.

Em 2020, a cidade registrou 270 ocorrências em janeiro, mais 327 em fevereiro, 259 em março, 197 em abril, 242 em maio, 296 em junho, 298 em julho, 331 em agosto (maior volume), 293 em setembro, 318 em outubro, 287 em novembro e 306 em dezembro.

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