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Legislativo aprova contas de Nogueira

ALEXANDRE DE AZEVEDO/CCS

A Câmara de Vereadores aprovou, na sessão desta quin­ta-feira, 18 de março, o decreto legislativo elaborado a partir de parecer e relatório favoráveis às contas da administração Duarte Nogueira (PSDB) do exercício de 2018. O calhamaço com a contabilidade do segundo ano de mandato da gestão tucana à frente da prefeitura de Ribeirão Preto estava na Casa de Leis desde novembro.

Dos 22 parlamentares, ape­nas Ramon Faustino (Psol, Coletivo Ramon Todas as Vo­zes) e Sérgio Zerbinato (PSB) se abstiveram. Os demais 20 vereadores votaram pela apro­vação do parecer favorável ela­borado pela Comissão Perma­nente de Finanças, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tribu­tária do Legislativo.

Em 1º de julho do ano pas­sado, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) também emitiu parecer fa­vorável às contas do prefeito Duarte Nogueira referentes ao exercício de 2018. Entretanto, o relator do processo, o con­selheiro Sidney Beraldo, fez ressalvas que já foram contor­nadas pela prefeitura.

Disse que houve deficiên­cias no planejamento, déficit orçamentário e falta de respal­do do superávit financeiro no ano anterior (2017). Também citou a ausência de limitação de gastos e de movimentação financeira, e falta de recursos para o pagamento integral de dívidas de curto prazo.

Beraldo considerou que o município apresentou melhora no resultado econômico, como diminuição da dívida consoli­dada (anterior a doze meses) em 28%, cumpriu os acordos de parcelamento de débitos previdenciário e quitou os en­cargos sociais do período.

Apesar da Assessoria Técni­co-Jurídica do tribunal se ma­nifestar pelo parecer favorável, o Ministério Público de Contas de São Paulo (MPC) pediu que as contas tivessem encaminha­mento contrário. Na prestação de contas, a prefeitura de Ri­beirão Preto afirmou que o déficit estava relacionado aos aportes que o governou pre­cisou fazer para o Instituto de Previdência dos Municipiá­rios (IPM) de aproximada­mente de R$ 200 milhões.

A Câmara de Vereadores já havia aprovado, no dia 14 de julho do ano passado, por unanimidade, as contas de 2017. Mesmo com ressalvas, foi a primeira decisão favorá­vel depois de seis anos. Em 27 de agosto, o Legislativo rejeitou as contas da ex-prefeita Dárcy Vera referente a 2016, último ano de seu segundo mandato à frente do Palácio Rio Branco.

Foram 24 votos favorá­veis ao parecer da Comissão Permanente de Finanças e do Tribunal de Contas do Estado, contrários à aprovação. Ao en­caminhar o projeto de decreto de lei para votação, o relator do caso na Comissão de Finanças, Marcos Papa (Cidadania), cha­mou de “peça fictícia” o balan­ço apresentado pela prefeitura de Ribeirão Preto.

Tanto o TCE quanto a Câ­mara de Vereadores rejeitaram seis das oito prestações de contas dos dois mandatos da ex-prefei­ta Dárcy Vera – governou a cida­de entre 2009 e 2016. Foram re­provados os balancetes de 2010, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016. Apenas os balanços de 2009 e 2011 foram aprovados.

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