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Ciência e Tecnologia

“Caverna do Horror”: Arqueólogos encontram manuscritos de 1900 anos

Arqueólogos israelenses anunciaram a descoberta de dezenas de novos fragmentos de Manuscritos do Mar Morto em uma caverna localizada em um desfiladeiro remoto a cerca de 40 km ao sul de Jerusalém. Acredita-se que o achado se trata de um texto bíblico que foi escondido durante a Revolta de Bar Kochba, uma revolta judaica armada contra Roma durante o reinado do imperador Adriano, que aconteceu há quase 1900 anos.

Os fragmentos apresentam textos em grego dos livros de Zacarias e Naum e, com base no estilo da escrita, foram datados por volta do século 1 d.C. (depois de Cristo), segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel.

Fragmentos do manuscrito encontrado por arqueólogos israelenses
Arqueólogos encontram manuscritos de 1900 anos. Imagem: Associated Press

A descoberta se trata dos primeiros pergaminhos encontrados em escavações arqueológicas no deserto ao sul de Jerusalém nos últimos 60 anos e fazem parte dos Manuscritos do Mar Morto, uma coleção de textos judaicos encontrados em cavernas do deserto da Cisjordânia nas décadas de 1940 e 1950, que foram datados do século 3 a.C. (antes de Cristo) ao século 1 d.C.

Os arqueólogos creem que a descoberta faça parte de um conjunto de fragmentos de pergaminho encontrados em um local chamado de “Caverna do Horror”, que fica ao sul de Israel. O lugar foi batizado assim pois nele já foram encontrados 40 esqueletos humanos durante as escavações de 1960.

pesquisador dos Manuscritos do Mar Morto da Autoridade de Antiguidades de Israel, Oren Ableman, afirmou que foi encontrada uma diferença textual que não tem paralelo com nenhum outro manuscrito, seja em hebraico ou grego. Ableman se referiu as pequenas variações da tradução grega do original hebraico em comparação com a tradução da Bíblia hebraica para o grego, feita no Egito nos séculos III e II a.C.

Fragmentos do manuscrito encontrado por arqueólogos israelenses
Eles são os primeiros novos pergaminhos encontrados em escavações arqueológicas no deserto ao sul de Jerusalém em 60 anos.
Fonte: Associated Press

“Com cada pequena informação que podemos acrescentar, podemos entender um pouco melhor”, afirmou Joe Uziel, chefe da unidade de Manuscritos do Mar Morto da Autoridade de Antiguidades. Uziel complementou dizendo que o texto bíblico não era estático e que as pequenas diferenças são importantes para o entendimento.

Desde 2017 os arqueólogos israelenses fazem buscas no Deserto da Judéia para evitar a ação de saqueadores. Até agora, a caçada havia encontrado apenas um punhado de pedaços de pergaminho sem texto.

Via: Yahoo News

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