Tribuna Ribeirão
Saúde

Gripe: vacinação começa em abril

ALFREDO RISK

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começa em 12 de abril. A meta do Ministério da Saúde é imuni­zar, até 9 de julho, 79,7 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos prioritários. De acordo com a pasta, serão imunizados crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, onze meses e 29 dias) e gestantes.

Também estão na lista puérperas (mulheres que de­ram à luz há pouco tempo), povos indígenas, trabalhadores da saúde, idosos com 60 anos ou mais, professores das esco­las públicas e privadas, pessoas portadoras de doenças crôni­cas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência per­manente, forças de segurança e salvamento e forças armadas.

A relação do ministério traz ainda caminhoneiros, trabalha­dores de transporte coletivo ro­doviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sis­tema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e a população privada de liberdade.

O Ministério da Saúde afirma que confirmou as diretrizes da campanha com envio do Informe Técnico aos Estados e ao Distrito Federal. Por causa da pandemia, a vacinação deve ocorrer em três etapas, conforme a realidade de cada município, que também terá autonomia para definir as datas de mobilização (Dia D).

A pasta distribuirá 80 milhões de doses da vacina influenza tri­valente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunizar 90% do público-alvo. Mesmo com o início da campanha em abril, a imuni­zação contra o novo coronavírus será mantida conforme cronogra­ma. Considerando a ausência de estudos sobre a coadministração das vacinas, o Ministério da Saú­de não recomenda a aplicação das duas doses simultaneamente.

“As pessoas que fazem parte do grupo prioritário para a vaci­nação contra a Influenza e que ainda não foram vacinadas con­tra a covid-19, devem ser priori­zadas para tomar a dose contra o novo coronavírus e terem agen­dada a vacina contra a Influenza, respeitando um intervalo míni­mo de 14 dias entre elas”, orienta o Ministério da Saúde.

É importante lembrar que ambas as vacinas são importantes e uma não substitui a outra. Ou seja, quem tomar a vacina contra a gripe não ficará imune contra o novo coronavírus. Ainda assim, a vacinação contra a Influenza pre­vine contra o surgimento de com­plicações decorrentes da doença, óbitos, internações e a sobrecarga nos serviços de saúde, além de re­duzir os sintomas que podem ser confundidos com os da covid-19.

Todos os protocolos de saú­de e segurança serão mantidos durante a imunização. Mais in­formações sobre o público-alvo da Campanha Nacional de Va­cinação contra a Influenza e o cronograma podem ser obtidas no Informe Técnico distribuído aos Estados.

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