Tribuna Ribeirão
Cultura

Beyoncé recebe o 28º Grammy

CHRIS PIZZELLO/INVISION/AP PICTURES ALLIANCE

Antes mesmo da hora de início marcada no Brasil, às 21 horas, o Grammy 2021, realizado na noite de domin­go, 14 de março, pela primei­ra vez sem plateia (ou com algumas dezenas de artistas chamados para receberem os prêmios), começou a distri­buir suas estatuetas. Beyon­cé, que liderava com nove indicações, ganhou logo no início, junto à filha Blue Ivy, de nove anos, a categoria Me­lhor Videoclipe pela música “Brown Skin Girl”.

Taylor Swift, Roddy Ricch e Dua Lipa tinham seis indi­cações cada; Brittany Howard saiu com cinco e Billie Eilish, Megan Thee Stallion, DaBa­by, Phoebe Bridgers, Justin Bieber, John Beasley e David Frost tinham os nomes indi­cados em quatro categorias cada um.

Já na cerimônia conduzi­da de forma bastante sóbria por Trevor Noah, comedian­te, locutor e ator sul-africano, líder no programa The Daily Show, quem levou o prêmio de Artista Revelação foi Me­gan Thee Stallion. Os vence­dores surgiam de máscaras, retiravam e faziam seus dis­cursos.

A estratégia do Black Pu­mas em relançar seu álbum de 2019 em versão deluxe deu certo e garantiu o gramo­fone na categoria Gravação do Ano pela música “Colors”. Uma grande banda, ainda que em busca de uma identi­dade além dos covers de seus ídolos da soul music dos anos 1970, que venceu a gigante Beyoncé com “Black Parade”.

As mulheres dominaram também a categoria Melhor Álbum Country pela primei­ra vez na história, e quem venceu foi Miranda Lambert, com “Bluebird”.

A Melhor Performance Solo Pop, uma categoria se­cundária, tinha mais pesos pesados. E quem levou foi o jovem de 26 anos Harry Styles, com “Watermelon Su­gar”, a primeira música que ele fez em sua curta carreira.

A categoria Música do Ano, que não é o topo de ouro da sessão Gravação do Ano, premia os autores, em­bora seus nomes não sejam muito visíveis. E o vence­dor foi “I Can’t Breath”, de H.E.R, vencendo mais uma de Beyoncé e seu onipresente “Black Parade”.

A categoria Melhor Músi­ca de Rap fez despontar um nome maior na noite. Megan Thee Stallion venceu com a música “Savage”, que tem a participação de Beyoncé. E Beyoncé, que subiu de ca­belos esvoaçantes a seu lado para receber a estatueta, che­gou aos 27 Grammys, o que já era uma conquista inédita de uma mulher na premia­ção, mas não seria só. Dua Lipa, tímida até então, dis­cursou bonito para receber o prêmio de Melhor Disco de Pop Vocal por seu “Future Nostalgia”. “Eu pensei que só poderia fazer músicas tristes”.

Beyoncé fez história ao vencer a sessão Melhor Can­ção R&B com a canção “Bla­ck Parade” e se tornou o artis­ta, homem ou mulher, maior vencedor de Grammy da his­tória, com 28 premiações. A grande categoria Álbum do Ano, perto do final da apre­sentação, acabou por con­sagrar outra mulher, Taylor Swift, com seu “Folklore”. Foi a terceira vitória de Taylor nessa categoria.

A crítica elogiou muito o álbum quando ele saiu e os fãs elevaram Taylor em al­guns graus de relevância, o que trouxe uma aura de jus­tiça feita. Ringo Starr apare­ceu para apresentar o prêmio mais importante, o de Grava­ção do Ano. “Eu queria dizer uma coisa”, discursou: “Se você está fazendo músicas nesse mundo, você já venceu, muito obrigado.” E, então, fez o anúncio: “E o Grammy vai para: Billie Eilish, ‘Every­thing I Wanted’”. Billie dedi­cou o prêmio a Megan Thee Stallion e pediu aplausos à amiga. “Penso em você todos os dias.”

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