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De volta, Lula “virado pra Lua”

Para Bolsonaro, os da imprensa são “mequetrefe”. Exage­rou. Só porque olhavam as naves indo para Marte, descuida­ram, Lula já estava voltando. De onde? Há quem diga, veio do além! Chegou, chegando, “como quem chega do nada, não quisesse nada”, mas todos o entenderam, sem falar… (E precisa?).

Digno de dó. Parecia um ex-interno da extinta Febem, que fugiu e não mais encontrou ninguém, nem os amigos (Zé Dirceu, Palocci, a “querida” Dilma. E os outros?). Na verdade não se sabe quem fugiu de quem! Suas lembranças são poucas. Não disse nada, nem de si mesmo. De tudo que soubemos (e foi muito), nada desmentiu, como do aparta­mento triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia.

De passagem mencionou a Petrobrás, também pudera… O silêncio seria algo da psicopatologia (amnésia, perda da memória), ou coisa deum “velhinho gagá”. Sente-se absol­vido, agradecido ao Fachin, embora os processos existam e serão julgados (disso passou longe). De costume, falou da cervejinha e quase tirou o paletó, sem receios.

Simplório, barba sem fazer, como “nunca antes visto neste país” (?), insistiu não ter rancores, querendo imitar um imaginário companheiro (seu) que levou 98 chibatadas no lombo. Não conseguiu: perdoar Moro jamais, seu algoz, contra quem lutará a vida toda. Um juramento público, de político, sem assinar, passível de revogar por alguma “medi­da provisória” ou cair na memória fraca.

Aí lembrou estar no sindicato de sua origem (brigas!) e partiu prá cima de Bolsonaro, esquecendo o “coração de menino” e atacou. Falou da pandemia, recomendou vacina­ção e mostrou usar máscara na cor vermelha (por que será? Advinham!). Foi tão enfático que, na mesma tarde, Bolso­naro apareceu de máscara e mandou comprar mais vacinas (e as seringas e agulhas?). Era o primeiro efeito Lula! (Os do Doria nos acostumamos.) Vem mais: a Anvisa ficou ágil, já aprovou remédio e novas vacinas. Pazzuello vai cair!

Os rumores no Palácio dos Bandeirantes são de que a volta de Lula foi comemorada: Dória deve sair dos radares de Bolsonaro.

A imprensa espera fotos de LULA aplicando vacina, visi­tando hospitais, de joelho orando pelos mortos e compran­do vacina para pagar depois de 2022 (…) Um predestinado sonhador!

Devem vir mais confrontos. A volta (quase triunfal) de Lula na TV abriu o processo sucessório de 2022. Preparem­-se para as “fake news” e provocações de baixo nível, como as recentes do filho (o nº 2) de Bolsonaro. A próxima eleição não tem precedentes, tende registrar práticas deseducadas, antiéticas e de indesejada violência moral, especialmente de quem não dá bons exemplos.

O marco do primeiro ano da pandemia (que seja o único), poderia ter outros contornos: menos dor para todos, uma liderança nacional positiva, crença na ciência e espe­rança de vida. Já são ex-desejos.

Lula, vestido de Doria (terno preto, sem gravata) fez o discurso rascunhado nas noites de insônia nos cubículos de Curitiba (em 500 dias sobraram pesadelos), vendo-se subindo novamente a rampa de braços dados (com a suces­sora), treinando Brasília-23. Será? E os “fiéis” companheiros: quais? Às vezes a história se repete, mas com mudanças significativas e inevitáveis.

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