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Larga Brasa

O investigador que tinha cacoete
Em uma grande cidade do Estado de São Paulo as polícias Ci­vil e Militar sempre fazia trabalho preventivo e repressivo. Era conjunto e harmônico. As diligências sempre redundavam em sucesso. Certa feita, em uma investigação, após um grande furto em uma loja de máquinas fotográficas tradicional na co­munidade, saíram todas as equipes com respectivos delega­dos e comandantes a procura dos ladrões. Em meio a um ma­tagal conseguiram prender um dos bandidos e o levaram para a salinha secreta da delegacia, que segundo diziam, fazia cego enxergar, mudo falar e surdo ouvir. Era o local dos milagres. O ladrão sempre foi o mais difícil de conseguir a confissão. Relutava até o fim, para depois de exaustos interrogatórios, contar o que aconteceu sem maiores incidentes.

Carioca
O ladrão era do Rio de Janeiro, filho de gente importante, um juiz de futebol daquela época. Cantou “Saudades de Ouro Preto” de traz para frente e não confessava. Olhava para um investigador daquela cidade que tinha um cacoete e piscava do olho direito quando as perguntas lhes eram feitas. Ele via o gestual e segundo ele, ficava com medo de ser castigado por desrespeitar o policial. E tome pressão para contar. Ele nada. Não contava. Ele esperou todos saírem da sala e chamou um jovem repórter que passava pelo corredor e disse que o ‘ba­gulho’ estava em um matagal e explicou por qual estrada se conseguia chegar ao saco com máquinas fotográficas e ou­tros complementos. O repórter lhe perguntou: -“Por que você não contou antes e ficava livre das pressões?”. Ele respondeu quando eu ia responder, o investigador, piscava para ele e en­tão achava que não era para falar para os outros.

Mercadoria encontrada
Os policiais foram ao local e encontraram as máquinas e con­jugados entregando ao proprietário que foi junto para arre­cadar, sem perigo de extravios. Feito o flagrante, o ladrão foi para a prisão e demonstrou inteligência, ao contrário do que aconteceu na “salinha dos milagres”, próxima de um conhe­cido ‘pela porco’ que havia naquela cidade também. Os seus parentes importantes contrataram advogados e conseguiram reduzir a pena e o retiraram da prisão. Realmente havia um investigador naquela localidade que possuía um piscar como cacoete que dificultou o entendimento do larápio.

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