Tribuna Ribeirão
Economia

Combustíveis sobem nas bombas da cidade

ALFREDO RISK

A Central de Monitora­mento do Núcleo Postos Ri­beirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustí­veis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – emitiu comunicado na segunda-feira, 8 de março, informando que o reajuste praticado nas refina­rias da Petrobras seria repas­sado imediatamente ao consu­midor final.

Nesta terça-feira (9), alguns postos da cidade já haviam ele­vado os preços da gasolina e, por tabela, do etanol, que tam­bém disparou nas usinas nas últimas semanas. Os revende­dores bandeirados de Ribeirão Preto vendem o litro da gasoli­na por até R$ 5,60 (R$ 5,599).

Outros comercializam o derivado de petróleo por R$ 5,40 (R$ 5,399). A média nos franqueados é de R$ 5,30 (R$ 5,299). Nos sem-bandeira, cus­ta entre R$ 4,60 (R$ 4,599) e R$ 5,20 (R$ 5,199), com preço médio de R$ 4,80 (R$ 4,799).

A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,80 (R$ 5,797).

O etanol custa entre R$ 3,50 (R$ 3,499) e R$ 3,94 (R$ 3,939) nos independentes e R$ 3,60 (R$ 3,599) e R$ 4,10 (R$ 4,099) nos bandeirados – as médias são de R$ 3,60 (R$ 3,599) e R$ 3,80 (R$ 3,79), respectivamen­te. O aditivado custa até R$ 4,20 (R$ 4,197). O movimento ontem caiu durante a tarde, re­flexo também da fase vermelha do Plano São Paulo .

A Petrobras anunciou o sexto aumento da gasolina e o quinto do óleo diesel deste ano. Nesta terça-feira, os combustí­veis subiram 9,2% e 5,5%, res­pectivamente, nas refinarias da estatal. Desde o início do ano, os produtos acumulam, respecti­vamente, alta de 54% e 41,6% nas unidades da petrolífera.

O preço do etanol hidrata­do subiu pela 11ª semana se­guida nas unidades produtoras do estado e superou a barreira de R$ 2,90 nas usinas paulistas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (5), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Ce­pea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

O litro do produto saltou de R$ 2,7100 para R$ 2,9071, aumento de 7,27% – já havia registrado elevação de 7,25% no dia 26 de fevereiro, der 12,43% no dia 19 e de 5,41% no dia 12 , acumulando 32,36% de alta em um mês. Em cerca de seis meses, avançou 51,79%, segundo os dados semanais di­vulgados pelo do Cepea.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – subiu, ultrapassou R$ 3,10. Passou de R$ 2,9295 para R$ 3,1366, alta de 7,07%. O aumento acumulado em um mês chega a – 5,95% no dia 26, 10,63% no dia 19 e 2,95% do dia 12. Em quase seis meses, está em 42,55%. Os aumentos devem chegar às bombas.

Segundo levantamento semanal da Agência Nacio­nal do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), rea­lizado entre 28 de fevereiro e 6 de março, o preço do etanol registrado na semana passada em Ribeirão Preto é recorde e atingiu R$ 3,743, em média – maior valor da história desde que a agência passou a pesqui­sar preços no município.

O antigo recorde era de R$ 3,493, do dia 26 de fevereiro. A alta em uma semana é de 7,1%. O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 5,091, aumen­to de 4,3% em relação aos R$ 4,881 cobrados anteriormente. A competitividade entre os de­rivados de cana-de-açúcar e de petróleo ultrapassou o limite e chegou a 73,52%. A paridade oscila entre 68% e mais de 70% desde dezembro.

A competitividade era de 71,5% no dia 26 e de 68,3% até dia 20. Considerando os valo­res médios da agência, já não é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gaso­lina ainda não ultrapassou o limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.

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