Os postos de Ribeirão Preto não esperaram nem o estoque antigo terminar para repassar ao consumidor final a alta de preços dos combustíveis nas refinarias da Petrobras e nas usinas paulistas. É sempre assim: quando cai, às vezes, de vez em quando a queda reflete – tardiamente – nas bombas. Quando sobe é vapt-vupt.
Desde esta terça-feira, 2 de março, vários postos bandeirados de Ribeirão Preto já vendiam o litro da gasolina por R$ 5,40 (R$ 5,399). Outros revendem o derivado de petróleo por R$ 5,20 (R$ 5,199). A média nos franqueados é de R$ 5,10 (R$ 5,099). Nos sem-bandeira, custa entre R$ 4,40 (R$ 4,399) e R$ 4,80 (R$ 4,799), com preço médio de R$ 4,60 (R$ 4,599).
A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,70 (R$ 5,697). O etanol custa entre R$ 3,47 (R$ 3,459) e R$ 3,80 (R$ 3,797) nos independentes e R$ 3,60 (R$ 3,599) e R$ 4 (R$ 3,999) nos bandeirados – as médias são de R$ 3,50 (R$ 3.499) e R$ 3,80 (R$ 3,79), respectivamente. O aditivado custa até R$ 4,20 (R$ 4,197).
A Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – já havia emitido comunicado avisando que os reajustes seriam repassados ao consumidor final.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 21 e 27 fevereiro e divulgado na segunda-feira (1º), o preço do etanol registrado na semana passada em Ribeirão Preto é recorde e atingiu R$ 3,493 em média – maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município.
O antigo recorde era de R$ 3,143, do dia 20. A alta em uma semana é de 11,1%. O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 4,881, aumento de 6,1% em relação aos R$ 4,601 cobrados até dia 20. A competitividade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo ultrapassou o limite e chegou a 71,5%. A paridade oscila entre 68% e mais de 70% desde dezembro.
A competitividade era de 68,3% até dia 20. Considerando os valores médios da agência, já não é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina ainda não ultrapassou o limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 4,982, reajuste de 5,9% em relação aos R$ 4,702 do período anterior, de acordo com a agência reguladora. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 4,150, aumento de 10,6% ante os R$ 3,750 do dia 20. O diesel S10 custa R$ 4,233, valor 8,4% acima dos R$ 3,905 cobrados anteriormente.
Ainda nesta terça-feira, começou a valer o segundo aumento no preço dos combustíveis da Petrobras em duas semanas – o quinto do ano. A estatal elevou o preço da gasolina em 4,8% e o diesel em 5% em suas refinarias. O novo reajuste eleva a alta acumulada no ano para 33,9% no caso do diesel e de 41,6% na gasolina.
O preço do etanol hidratado subiu pela 10ª semana seguida nas unidades produtoras do estado e superou a barreira de R$ 2,70 nas usinas paulistas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 26 de fevereiro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
O litro do produto saltou de R$ 2,5268 para R$ 2,7100, aumento de 7,25% – já havia registrado elevação de 12,43% no dia 19 e de 5,41% no dia 12. Acumula avanço de 44,52% em pouco mais de cinco meses, segundo os dados semanais do Cepea.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu, ultrapassou R$ 2,90 e pode vencer a barreira de R$ 3 em março se continuar neste ritmo. Passou de R$ 2,7649 para R$ 2,9295, alta de 5,95%. O aumento acumulado em 155 dias é de 35,48%. Os aumentos devem chegar às bombas. A nova disparada de preços dos combustíveis em Ribeirão Preto começou em 19 de fevereiro.