Tribuna Ribeirão
Economia

Auxílio deve voltar no valor de R$ 250

© Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira, 25 de fevereiro, durante sua live sema­nal nas redes sociais, que o valor do novo auxílio emergencial a ser proposto pelo governo será de R$ 250. O benefício, segundo ele, deve começar a ser pago ain­da em março, por um período total de quatro meses.

“A princípio, o que deve ser feito? A partir de março, por quatro meses, R$ 250 de au­xílio emergencial. Então é isso que está sendo disponibiliza­do, está sendo conversado ain­da, em especial, com os presi­dentes da Câmara [Arthur Lira (PP-AL)] e do Senado [Rodri­go Pacheco (DEM-MG)]. Por­que a gente tem que ter certeza de que o que nós acertarmos, vai ser em conjunto”.

A expectativa, segundo o presidente, é que os quatros me­ses complementares de auxílio possam fazer a “economia pegar de vez”. “Nossa capacidade de endividamento está, acredito, no limite. Mais quatro meses pra ver se a economia pega de vez, pega pra valer”, afirmou.

O novo auxílio emergencial deve substituir o auxílio pago ao longo do ano passado, como forma de conter os efeitos da pandemia de covid-19 sobre a população mais pobre e os tra­balhadores informais. Inicial­mente, o auxílio emergencial, em 2020, contou com parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil (no caso de mães chefes de família), por mês, para cada beneficiário.

Projetado para durar três meses, o benefício foi estendido para um total de cinco parcelas. Em setembro do ano passado, foi liberado o auxílio emergen­cial extensão, de R$ 300 (R$ 600 para as mães chefes de famí­lia), com o pagamento de qua­tro parcelas mensais.

O último pagamento do benefício ocorreu no final de janeiro. O programa de trans­ferência de renda atendeu a 67,9 milhões de brasileiros e gastou R$ 292,9 bilhões em auxílios. A renovação do bene­fício ainda precisa ser propos­ta pelo governo ao Congresso Nacional e, em seguida, apro­vada pelos parlamentares.

O pagamento do auxílio emergencial injetou R$ 565,7 milhões em Ribeirão Preto, desde o início da pandemia de coronavírus e até 21 de dezem­bro, segundo dados do Portal da Transparência do Ministério da Cidadania. Na cidade, 172.400 pessoas foram beneficiadas.

O número representa 24,2% da população de Ribeirão Preto, estimada em 711.825, segundo atualização do Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada no final de agosto do ano passado. São 13,2 mil beneficiários do Bolsa Famí­lia (R$ 57,2 milhões).

Outros 12,3 mil estão ins­critos no CadÚnico (R$ 40,6 milhões) e cerca de 146,7 mil se cadastraram pelo aplicativo Cai­xa Tem, da Caixa Econômica Federal (R$ 467,8 milhões), ou conseguiram decisões judiciais favoráveis ao pagamento.

Bares e restaurantes
Durante a live, Bolsonaro também anunciou que o go­verno deve lançar em breve um programa de adiamento, refi­nanciamento e parcelamento de impostos e contribuições tri­butárias (Refis) para o setor de bares e restaurantes.

“Está na iminência de pu­blicar o Refis do pessoal aí dos bares e restaurantes, que estão numa situação bastante com­plicada”, afirmou o presidente. Com mais de um milhão de estabelecimentos em todo o país, que empregam cerca de 6 milhões de pessoas, o setor de bares e restaurantes diz que hou­ve queda de 70% nas vendas ao longo do ano passado.

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