Tribuna Ribeirão
Economia

Vagas temporárias devem crescer 25%

JOSÉ PAULO LACERDA/CNI

A pandemia de covid-19 ainda traz uma situação de insegurança e emergência nas empresas brasileiras. Mesmo diante deste cenário, a ge­ração de vagas formais por meio do trabalho temporá­rio, no formato da lei federal número 6.019/74 e do dcreto nº 10.060/2019, deve crescer 25% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2020, segundo projeção da Asso­ciação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem).

“Após um resultado sur­preendente em janeiro, pro­jetamos a geração de mais de 805 mil vagas temporárias entre os meses de janeiro e março de 2021, superando em 25% as 644.500 contra­tações temporárias no mes­mo período do ano passado”, afirma o presidente da asso­ciação, Marcos de Abreu.

Segundo ele, a indústria segue impulsionando as con­tratações, seguida pelo agro­negócio e pelo setor de ser­viço e comércio. “Além disso, nossas estimativas apontam que a taxa média de efetivação de 22%, alcançada no final de 2020, irá se manter neste pri­meiro º trimestre de 2021. Um resultado excelente, já que an­teriormente a taxa girava en­torno de 15%”, destaca.

Outro ponto importan­te, de acordo com Abreu, é que o período de duração do contrato temporário na in­dústria, que era de 45 dias em média, será superior a 77 dias em 2021. “O período de con­tratação será bem maior para a Indústria conseguir atender o volume de demandas do mercado”, diz.

Para o presidente da As­serttem, diante das incertezas que a pandemia ainda gera na economia do país, as empresas seguirão se apoiando no Tra­balho Temporário para garan­tir maior flexibilidade de ges­tão e, assim, conseguirem se manter no mercado, utilizando a modalidade de contratação para substituição transitória e para demanda complementar de trabalho de forma rápida, eficaz e segura.

“As empresas já enxergaram que o Trabalho Temporário é uma excelente opção formal de contratação, que preserva os di­reitos dos trabalhadores e ainda confere flexibilidade de gestão para acompanharem as osci­lações da economia”, explica.

Demandas da Páscoa
O mês de janeiro teve um resultado surpreendente na geração de vagas temporárias. Ao todo foram 178.640 novas contratações, um aumento de 37,3% com relação ao mesmo mês de 2020 (130.100 vagas). Destas, 16.380 são para aten­der às demandas de Páscoa na indústria de chocolate, co­mércio e serviço, alta de 31% com relação ao ano passado (12.503 vagas).

De acordo com a Assert­tem, 65% das contratações temporárias de janeiro foram impulsionadas pela Indús­tria para atender a demanda complementar de trabalho em segmentos como alimen­tos, farmacêutica, embalagens, metalúrgica, mineração, auto­mobilística, agronegócio e óleo e gs; seguido de 25% do setor de serviços e 10% do comércio.

Ao todo, nos meses de ja­neiro, fevereiro e março de 2020, a Páscoa gerou 33.906 contratações temporárias. Nes­te ano, a projeção da Asserttem é de mais de 42 mil vagas tem­porárias no período. “A Pás­coa teve um papel importante no resultado de janeiro, visto que a indústria de chocolates acelerou as contratações tem­porárias, pois está com uma demanda de trabalho 31% su­perior do que em 2020 e inicia­ram a produção de chocolates com antecedência”, conclui o presidente da associação, Mar­cos de Abreu.

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