O ex-jogador de futebol Michel Bastos utilizou seu perfil no Instagram para relatar um caso de racismo que sofreu na segunda-feira onde mora. Ele fazia compras em um supermercado da rede St. Marche, localizado em Alphaville, região nobre da Grande São Paulo, quando foi confundido com um entregador de aplicativo por uma atendente do estabelecimento.
“Mais cedo, eu fui ao supermercado St. Marche aqui em Alphaville, onde moro, peguei o que eu tinha de pegar e fui até o caixa. Cheguei no caixa, estava vazio e a moça olhou para mim e falou: é Rappi (aplicativo de entregas)?”, contou Michel Bastos em suas redes sociais.
O ex-meia de Palmeiras e São Paulo ainda disse que o episódio não é inédito e revelou que já passou pela mesma situação constrangedora em outras ocasiões. “Essa não foi a primeira vez que aconteceu comigo, por isso me indignou mais. Porque já é a terceira vez que chego no caixa e a primeira questão é essa, perguntam para mim se eu sou entregador de pedidos”, desabafou.
“Nada contra os entregadores, é um emprego digno como qualquer outro. (Na outra situação). Havia outras pessoas na minha frente e a primeira pergunta foi se elas eram clientes St. Marche e se queriam CPF na nota. Hoje (segunda-feira) não tinha ninguém, só um senhor atrás de mim.
Eu fui colocando minhas compras no carrinho e esperei só para ver qual seria a pergunta para esse senhor que estava atrás. Simplesmente ela não fez a mesma pergunta para ele. Perguntou se ele era cliente St. Marche e se queria CPF na nota”, completou.
A rede St. Marche, através de Bernardo Ouro Preto, CEO da empresa, afirmou que o “evento foi um fato isolado” e reforçou que os funcionários da rede são treinados para evitar esse tipo de situação. Além disso, revelou ter ligado diretamente para Michel Bastos assim que soube do ocorrido. Segundo ele, os treinamentos antidiscriminatórios serão reforçados no mercado.