A Comissão de Educação da Câmara de Vereadores vai avaliar se as 110 escolas municipais estão preparadas para receber, com segurança sanitária, a partir de 1º de março, parte dos 46.228 estudantes do ensino fundamental e da educação infantil da rede municipal.
A decisão foi anunciada após a primeira reunião da comissão na atual legislatura (2021-2024), realizada na quarta-feira, 17 de fevereiro. A volta das aulas presenciais do ensino fundamental, antes agendada para 8 de fevereiro foi adiada para 1º de março e vai retornar junto com as do ensino infantil.
A comissão é presidida por Gláucia Berenice (DEM). O vice-presidente é Brando Veiga (Republicanos) e conta ainda com a participação de Bertinho Scandiuzzi (PSDB), Judeti Zilli (PT) e Ramon Faustino (Psol). Por causa do número de escolas, as visitas serão por amostragem em várias unidades.
Também haverá um questionário que será enviado por e-mail a todas as escolas e deverá ser respondido e devolvido para análise da Câmara. Outra definição dos vereadores é que o grupo vai trabalhar em conjunto com a Comissão Especial de Estudos (CEE) da Educação.
Esta CEE foi criada e é presidida pela vereadora Duda Hidalgo (PT). Tem como foco acompanhar a volta às aulas. Alguns dos itens dos questionários, inclusive, já estão sendo levantados pela Comissão Especial de Estudos da Educação.
A volta das aulas presenciais do ensino fundamental sofreu alteração no calendário por uma decisão conjunta do prefeito Duarte Nogueira (PSDB) e das secretarias da Educação e da Saúde, em vista da situação epidemiológica da região de Ribeirão Preto.
O governo municipal afirma que a prioridade é “a segurança de todos, mas também garantir a volta da rotina escolar dos estudantes, que já tiveram vários prejuízos no âmbito psicológico, cognitivo, físico e na aprendizagem”. Segundo a Secretaria Municipal da Educação, mesmo com a alteração na data de início das aulas, os estudantes terão os 200 dias letivos previstos na legislação educacional,até 22 de dezembro.
Enquanto as aulas não recomeçam, utilizará este período para receber sugestões de pais e professores na organização escolar. Não haverá recesso bimestral e as férias de julho serão de apenas uma semana. As aulas presenciais seguirão as normas do Plano São Paulo, de acordo com a fase em que a cidade se encontra.
Nas fases vermelha e laranja, a capacidade é de até 35% de lotação em suas salas. Na fase amarela, a lotação é de até 50% na rede municipal, e na fase verde e azul até 100%. Em Ribeirão Preto, além da porcentagem de até 35% de ocupação, as salas ainda serão divididas em três grupos – A, B e C –, em dias alternados.
Na fase amarela, a porcentagem aumenta para até 50%, com dois grupos – A e B – e nas fases verde e azul, aumenta para 100%. De acordo com a prefeitura, todas as unidades escolares da rede municipal de Ribeirão Preto estão preparadas para receber os alunos matriculados para este ano, cumprindo todos os protocolos sanitários que dispõem sobre a volta às aulas, suspensas desde março do ano passado.
Uma pesquisa que está sendo realizada pela Secretaria Municipal da Educação revela que 76,2% dos pais ou responsáveis pelos alunos matriculados na rede municipal de ensino concordam com o retorno as aulas presenciais em 1º de março. O resultado é parcial, já que o levantamento não foi concluído.
Até agora, 6.639 pessoas participaram do levantamento. Deste total, 5.056, ou 76,2%, são a favor do retorno das aulas presenciais. Já 1.583, número que corresponde a 23,8% do universo pesquisado, são contrários. De acordo com o levantamento parcial, 2.234 pessoas com filhos na educação infantil do município participaram da pesquisa.
Deste total, 1.872 são favoráveis ao retorno, número equivalente a 83,8%, enquanto 362 são contra – ou seja, 16,2%. Já no ensino fundamental, são 4.405 participantes até agora, sendo que 3.184 querem que os filhos retornem presencialmente às escolas, 72,3% dos pais e responsáveis. Outros 1.221 preferem as aulas virtuais, 27,7% deste total.