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Covid-19: estado atual e vacinas – parte IX

A pandemia que assola o mundo inteiro completou um ano esse mês sendo que o número de óbitos e de contaminados vem aumentando assusta­doramente com o passar dos meses. Se analisarmos o perfil de outras pande­mias podemos constatar em todas elas o agente causador, no caso os vírus, teve início, aumentou, estabilizou e com o passar do tempo foi declinando até o seu desaparecimento.

No caso específico d atual pandemia, já tivemos um aumento gradativo, às vezes estabilizou, mas por pouco tempo, voltando a aumentar novamente. Agora pela primeira vez o mundo registra uma queda de 17% o que se cons­titui num fato novo e bastante significativo. Não sabemos até o momento o cálculo das tendências desse declínio registrado. No entanto, a persistir, sem dúvida alguma é um fato animador.

No caso específico do Brasil não registramos ainda uma diminuição significativa isto porque, a média móvel de casos continua elevada e acima de mil casos, o que é muito preocupante. No momento temos alta do número de óbitos e de contaminados em oito estados e no Distrito Federal e em apenas cinco estados houve pequeno registro de queda.

Devemos considerar ainda o fato de o Brasil ser um país extremamente desigual em todos os aspectos e essa pandemia tornou ainda mais acentuada essas desigualdades. Já em outros países, ao analisarmos essa queda não foi possível caracterizar uma causa específica que tenha contribuído para o seu aparecimento.

O que se esperava como fator significativo era a presença da vacinação, que em alguns países como o Reino Unido, União Europeia, Estados Unidos, Canadá e outros que estão vacinando suas populações em ritmo bastante acelerado, mas não parece que este fato tenha, pelo menos até agora, impac­tado no número de óbitos e de contaminados.

Um caso muito singular é o da China onde o vírus começou a contami­nar as pessoas, mas o governo chinês através de medidas rigorosas conseguiu impedir a sua disseminação e parece ter obtido controle como estabilidade do número de casos. Já a Índia, outro país extremamente populoso, o núme­ro de contaminados e de óbitos aumenta cada vez mais, apesar de ter iniciado uma vacinação em massa de sua população.

No Brasil a explosão de novos casos de contaminados e de óbitos que ocorreu recentemente no estado do Amazonas vai contribuir para um aumento global no país e parece que o seu controle ainda é algo distante. Nosso modelo formatado em perguntas e respostas para facilitar a leitura e entendimento nos parece o mais adequado e assim vamos continuar.

1. Nos últimos oito dias com relação às vacinas no Brasil houve alguma novidade?

Não. Não houve novidade alguma. Em relação às vacinas continuamos em ritmo muito lento. Devagar demais. Não temos até o dia de hoje nem 2% dos brasileiros vacinados e continuamos com apenas duas vacinas e em doses insuficientes para atender a uma demanda tão grande. No mundo já estão disponíveis para serem aplicadas nas populações 11 vacinas.

Enquanto isso só duas vacinas foram aprovadas no Brasil e estão sendo vacinados os brasileiros. Mas já existem pedidos de outros tipos de vacinas como a Pfizer-BioNTech do consórcio norte-americano e alemão, com eficá­cia de 95% e a Sputinik V produzida por um laboratório russo c om registro de eficácia de 91%, mas até agora nada de concreto foi estabelecido em nosso país. Como se vê o Brasil é um país travado em que as coisas demoram demais para deslanchar.
2. E com relação ao mundo, como está a situação das vacinas?

Como havíamos comentado em nossa matéria anterior em que o mundo agora como sempre esteve, está dividido em dois grupos: o dos países desen­volvidos e o do chamado países pobres. Este grupo vai muito mal, mostrando que alguns desses países até hoje ainda não começaram a vacinar as suas populações.

Na América Latina, Argentina, Brasil, Chile, Peru, Paraguay e outros já iniciaram as vacinações, mas ainda em ritmo bastante lento. Já o grupo de países desenvolvidos continua vacinando em massa seus povos. Na frente aparece os Estados Unidos, seguido pelo Reino Unido, União Europeia, China e Rússia. (Continua na próxima semana).

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