Cerca de três milhões de estudantes de 4.500 escolas da rede estadual de ensino de São Paulo retomaram as aulas presenciais nesta segunda-feira, 8 de fevereiro. Em Ribeirão Preto, parte dos 48 mil alunos voltou a freqüentar as 82 unidades da Secretaria de Estado da Educação na cidade.
No final de março completaria um ano de suspensão das atividades por causa da pandemia da covid-19. O governo estadual passou a classificar a educação como serviço essencial e, com isso, a abertura das unidades escolares ocorreu mesmo nas fases mais restritivas do Plano São Paulo. A rede estadual tem 3,3 milhões de alunos e 5.300 unidades educacionais.
A região do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que abrange Ribeirão Preto e mais 25 cidades, está na fase laranja. Na área que envolve três das 91 Diretorias Regionais de Ensino (DREs) – Ribeirão Preto, Sertãozinho e Jaboticabal –, no ano passado estavam matriculados 99.432 alunos de 165 escolas da rede estadual.
“A decisão é baseada em experiências internacionais para garantir a segurança dos alunos e professores, bem como o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças e adolescentes”, destaca a Secretaria de Educação do Estado em nota.
Cada unidade poderá definir como fará o rodízio de alunos e suas atividades presenciais e remotas. “Por isso é importante que pais, responsáveis ou alunos maiores de 18 anos entrem em contato com a sua escola para saber os dias e horários em que poderão ir presencialmente à unidade”, ressaltou a secretaria.
Para as localidades que estiverem classificadas na fase vermelha ou laranja, a presença dos alunos é limitada a até 35% do número de estudantes matriculados; na fase amarela, a presença é limitada a até 70%; já na fase verde, é admitida a presença de até 100% do número de alunos matriculados.
Além de protocolos como uso de máscara, álcool gel e medição de temperatura, as entradas e saídas das salas, para o início das aulas e intervalos, acontecem em sistema de revezamento, com turmas diferentes. Os estudantes também puderam optar por permanecer em casa.
Quem decidiu voltar também é orientado a levar as próprias garrafas para beber água e deixar a sala acompanhado quando precisar ir ao banheiro. Para reduzir ao máximo os riscos de aglomerações, os alunos foram divididos em grupos de até dez integrantes por dia.
De acordo com o Plano São Paulo, nas fases vermelha e laranja, as salas devem ter, no máximo, 35% da capacidade de alunos. A volta às aulas presencias está condicionada as determinações locais das prefeituras. Mesmo nos municípios autorizados, a presença dos alunos nas escolas não é obrigatória nas regiões que estejam na fase vermelha ou laranja do Plano São Paulo.
De acordo com o governo, os estudantes pertencentes ao grupo de risco para a covid-19 que apresentem atestado médico poderão participar das atividades escolares exclusivamente por meios remotos. Os professores da rede pública de ensino do estado decidiram fazer greve nas aulas presenciais a partir de hoje.
Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), os profissionais trabalharam normalmente, mas de forma remota. A volta às aulas na rede estadual foi adiada em uma semana. Inicialmente prevista para o dia 1º de fevereiro, o retorno passou para o dia 8. O adiamento foi para facilitar o planejamento das escolas.